Começa no domingo (1/7) e prossegue até 30 de setembro o período do vazio sanitário da soja em todo o território mineiro, quando fica proibido o cultivo da planta em todo o estado. Também deverão ser eliminadas todas as plantas vivas desta cultura nas lavouras de Minas.
O vazio sanitário da soja foi instituído em 2007 e está normatizado pela Resolução nº 1.393/2015 da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Portaria nº 1503/2015 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pela fiscalização do cumprimento desta norma. O objetivo é prevenir e controlar a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que destrói as plantas infectadas com prejuízos para os produtores, para a economia e para o abastecimento do mercado.
O IMA estima fiscalizar neste ano 758 propriedades em todo o estado, principalmente nas regiões Noroeste, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que concentram o maior volume de produção do grão. As fiscalizações serão frequentes também nas áreas de abrangência das coordenadorias regionais do IMA em Montes Claros, Passos, Oliveira e Varginha.
O diretor-geral do IMA Marcílio de Sousa Magalhães explica que no período em que vigora o vazio sanitário as propriedades ficam livres dos hospedeiros (plantas de soja), diminuindo a incidência da praga na próxima safra. Ele esclarece que a soja poderá ser cultivada nas situações previstas na legislação e desde que autorizado pelo Comitê Estadual para Controle da Ferrugem Asiática da Soja, presidido pelo Instituto.
Produtor consciente - Durante a fiscalização, ao constatar a presença da planta na propriedade, o fiscal do IMA orienta o produtor a fazer a sua erradicação em até 10 dias. Ao retornar à propriedade ao final desse prazo, caso a plantação não tenha sido erradicada o produtor estará sujeito a multa de 1,5 mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a R$ 4.877,10.
Marcílio Magalhães pondera que as orientações do IMA aos produtores para o cumprimento da medida têm obtido bons resultados. “Prova disso é que no ano passado foram fiscalizadas 606 propriedades, somando cerca de 187 mil hectares, e efetuamos somente um auto de infração. Isso demonstra também que os produtores estão bastante conscientes da importância do vazio para manter as lavouras de soja livres da ferrugem asiática”, diz.
Minas Gerais ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção de soja, com previsão de 4,8 mil toneladas para este ano, de acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Fonte: AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA
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