A pesquisadora Andressa Zamboni Machado, do laboratório de nematologia do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), coordena projeto que desenvolve três novos nematicidas de menor impacto ao meio ambiente. Tratam-se de dois produtos biológicos e um químico (menos tóxico) que devem chegar ao mercado em 2017.
De acordo com Andressa, os bionematicidas são direcionados para o tratamento de sementes, enquanto o sintético pode ser pulverizado. No entanto, ambos “agridem menos o meio ambiente”, garante a pesquisadora da iniciativa, que é gerenciada pela Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro).
Os testes com os novos produtos já duram cerca de três anos. “Vamos aplicando doses diferenciadas nas plantas e avaliando a toxicidade dos produtos”, revela. Os nematicidas terão como foco a cultura da soja, mas estão sendo desenvolvidos também para cana-de-açúcar, café, citros, batata e algodão, entre outros.
A pesquisadora explica que, finalizadas as análises dos produtos, os laudos serão encaminhados para o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que é o órgão responsável pelo início do processo de avaliação e liberação dos nematicidas para a comercialização.