por Leonardo Gottems
O estudo publicado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) sobre o surgimento da Helicoverpa armigera no Brasil relata que as larvas da lagarta já foram encontradas “em mais de 60 espécies de plantas cultivadas e silvestres e em cerca de 67 famílias hospedeiras” no mundo. Desde a terça-feira (09.07), o Portal Agrolink traz uma série de matérias com informações desta pesquisa.
“É uma espécie extremamente polífaga [...] podendo causar danos a diferentes culturas de importância econômica, como o algodão, leguminosas em geral, sorgo, milho, tomate, plantas ornamentais e frutíferas”, diz a publicação, que foi desenvolvida em parceria com a Fundação Mato Grosso.
Isso dificulta muito o controle, pois a Helicoverpa armigera pode facilmente migrar para “hospedeiros alternativos nas proximidades agrícolas”. Essas plantas “assumem papel decisivo na dinâmica sazonal dos insetos, pois podem dar suporte à permanência de populações das pragas”.
“As lagartas de H. armigera se alimentam de folhas e caules, contudo, têm preferência por
brotos, inflorescências, frutos e vagens, causando danos tanto na fase vegetativa quanto reprodutiva” afirma a pesquisa. “O período larval é constituído por 5 a 6 instares e pode durar de 2 a 3 semanas, dependendo das condições climáticas, e, no último instar, a lagarta
possui de 30,0 mm a 40,0 mm de comprimento e coloração variando do verde ao amarelo claro, marrom avermelhado ou preto”.
A comunicação científica “Primeiro registro de ocorrência de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil” é assinada por cinco especialistas, sendo quatro deles da Escola de Agronomia da UFG (Goiânia/GO): Cecília Czepak, Karina Cordeiro Albernaz, Humberto Oliveira Guimarães e Tiago Carvalhais. Pelo Centro de Pesquisa Dario Minoru Hiromoto, da Fundação Mato Grosso (Rondonópolis/MT), assina Lúcia Madalena Vivan.
Fonte: Agrolink