Uma barreira que parecia instransponível foi derrubada pela Helicoverpa armigera: a lagarta passou a atacar a soja com tecnologia Intacta RR2 Pro. A informação é da Equipe Pragas e Plantas Daninhas da Fundação Chapadão, que acompanhou o caso em uma área da localidade de Chapadão do Céu, em Goiás.
Em meio a um surto de forte pressão da Helicoverpa armigera verificado nas últimas semanas, a equipe da Fundação Chapadão foi chamada para verificar o inusitado ataque à soja transgênica. Em certos locais chegaram a ser contadas entre duas a quatro lagartas por metro de linha da cultura, com aproximadamente 11% de plantas infestadas em alguns pontos.
Detentora da tecnologia Intacta, a Monsanto enviou seus técnicos para conferir se não havia outro tipo de sementes vulneráveis misturadas. A vistoria, que ocorreu na presença dos técnicos da fazenda e da Fundação Chapadão concluiu que o talhão não apresentava misturas – 100% das amostras coletadas expressavam a proteína Cry1Ac, produzida pela bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que até hoje sempre controlou a Helicoverpa armigera.
A análise apontou que as Helicoverpa armigeras maceradas se alimentaram da cultura, ingerindo a proteína tóxica Cry1Ac, e mesmo assim a tecnologia não afetou as lagartas. De acordo com a Equipe Pragas e Plantas Daninhas da Fundação Chapadão, esse “talvez seja o primeiro caso no Brasil com este problema”.
A Fundação Chapadão está orientando os produtores a aumentar o monitoramento das lavouras convencionais e transgênicas, alertando para que comuniquem qualquer outro caso. Segundo os técnicos, a área foi aplicada para se controlar esta população, evitando que a mesma se reproduza e cause ainda mais prejuízos a outros produtores da região. Um alerta importante é o manejo integrado consciente, o controle biológico e a rotação de princípios ativos, visando a preservação das tecnologias.
Fonte: Agrolink
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