14
jan
2014
Helicoverpa armigera: Falta de gestão na defesa fitossanitária expõe perigo
“Nos falta, além de outros graves problemas como infraestrutura, uma política de gerenciamento de risco, saber o que fazer e como fazer.” Essa é a opinião de José Annes Marinho, engenheiro agrônomo e gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). “Ultimamente ouvimos falar em novas pragas invadindo as lavouras brasileiras, um exemplo recente é o caso da Helicoverpa armigera. Muitos dizem que é o uso indevido de defensivos, outros afirmam ser a proibição de produtos que tinham efeito sobre essa praga, outros citam falta de manejo integrado, falta de produtos novos para controle, rotação de princípios ativos, bioterrorismo, falta de identificação dessa praga que, segundo relatos, já estava no Brasil há pelo menos dois anos. Podemos concordar com todos estes argumentos, ora corretos, ora com um pouco de exagero, mas o fato é que a nossa política para estes problemas está fragilizada, a exemplo da extensão rural”, avalia. Para Marinho, o “ponto é que resolvemos tomar uma ação somente após o problema já estar presente e ter gerado prejuízos enormes. Foi assim no caso da ferrugem da soja, por força até mesmo da indústria, que buscou uma solução. Não há como esperar mais. Precisamos de um plano de gerenciamento, de gestão, de monitoramento e de competência”. O especialista cita exemplos de sucesso fora do Brasil, e que basta “querer, ter vontade política e ter liderança para que o produtor não fique à dura sorte, vendo sua lavoura ser dizimada por pragas, vendo seus recursos e seus trabalhos sendo consumidos por agentes indesejáveis”. “Acredito que o melhor caminho seja a união e a pressão dos produtores através de suas representações junto ao governo e políticos. Certamente algo já está sendo feito, mas ainda é pouco efetivo, por isso é preciso lembrar que a união faz a força e o produtor já se deu conta disso”, conclui. Fonte: Agrolink
Autor: Leonardo Gottems
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