23
jan
2014
Grãos/CEPEA: Colheita de safra recorde de soja ganha ritmo no Brasil
A cada dia, aumenta o número de colheitadeiras nos campos de soja no Brasil. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, são positivas as perspectivas quanto à produtividade, conforme apontam levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Em outros estados, ainda que algumas praças tenham enfrentado chuvas mal distribuídas, a expectativa é de safra nacional recorde. A colheita do milho também começa, mas timidamente e com expectativa de ser menor que a anterior. Desmotivados pela queda de preços em praticamente todo o ano de 2013, exceto no último trimestre, produtores de milho buscaram culturas mais rentáveis no verão, migrando especialmente para a soja.
Soja
Pesquisadores do Cepea indicam que, nas lavouras de soja, as precipitações foram mal distribuídas na parte oeste da região Sul e também em Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Na primeira quinzena deste mês, produtores de Goiás, Minas Gerais e todo o Nordeste estavam preocupados com a baixa umidade, mas chuvas recentes aliviaram a situação em várias localidades. Em dezembro e também em janeiro, os casos de ferrugem asiática registrados pelo consórcio Antiferrugem têm aumentado.
Já no oeste do Paraná, agentes consultados pelo Cepea comentam que o clima está favorável e a colheita de soja foi iniciada. As chuvas da semana passada interromperam pontualmente as atividades, mas ainda assim são benéficas às lavouras em desenvolvimento. A quantidade de soja colhida até o momento ainda é insignificante perto do volume que o estado deve produzir, segundo dados do Deral/Seab. No geral, a produtividade está divergente entre as lavouras do Paraná.
Em Mato Grosso, produtores também já iniciaram a colheita e muitos esperam boa produtividade. Em Mato Grosso Sul, as colheitadeiras também estão no campo, mas a estiagem em dezembro pode resultar em menor produtividade, segundo levantamentos do Cepea. Em Goiás, estado que também foi castigado pela falta de chuva, a colheita teve início nos últimos dias, e já se fala em algumas perdas. Na Bahia, as atividades de campo devem começar em fevereiro, e sojicultores consultados pelo Cepea ainda não têm consenso sobre a produtividade. Já em São Paulo e em Minas Gerais, a colheita deve iniciar em fevereiro e a expectativa de agentes é positiva.
O último relatório do USDA apontou que a oferta brasileira de soja deve totalizar 89 milhões de toneladas em 2013/14, devido a ajustes na área cultivada, agora prevista em 29,5 milhões de hectares. O USDA estima que o Brasil processe 37,28 milhões de toneladas e que exporte 44 milhões de toneladas entre out/13 e set/14. Já segundo a Conab, a produção nacional deve ser ainda maior, em 90,3 milhões de toneladas, um recorde.
Milho
No Rio Grande do Sul, a Emater apontou que 5% das lavouras haviam sido colhidas até o dia 16, contra 8% há um ano e 7% na média dos últimos cinco anos. No Paraná, já há relatos de colheita, mas o Deral/Seab ainda não sinalizou percentual em seus dados semanais. Vale lembrar que, no Paraná, a área a ser colhida é bem menor que a do ano anterior.
Segundo a Conab, a produção brasileira de milho deve totalizar 32,6 milhões de toneladas. Pesquisadores do Cepea ressaltam que a grande incerteza fica para o cultivo do milho de segunda safra, que, nos dois últimos anos, superou o da primeira safra, chegando a representar quase 60% da oferta total. Ainda não há dados oficiais, mas é de se esperar produção inferior à da safra 2012/13. Isso porque produtores também devem buscar culturas substitutas, reduzir os investimentos em tecnologia e adubos ou mesmo deixar parte da área sem cultivo de segunda safra (caso comum no Cerrado brasileiro). Assim, além da área, pode haver redução do rendimento por hectare, pressionando a oferta total.
Custos de Produção
Os custos de produção da safra de grãos 2013/14 estão superiores aos observados na temporada anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, as principais causas foram o maior gasto com defensivos, em função sobretudo da ocorrência da lagarta Helicoverpa armigera, e os reajustes do óleo diesel e dos salários.
Os custos só não foram ainda maiores devido à queda dos valores de fertilizantes. Em algumas regiões, como em Mato Grosso, o gasto com esse insumo chegou a cair 9,7% no correr do ano. Porém, grande parte dessa desvalorização do insumo ocorreu a partir de agosto/13, período em que a maior parte dos fertilizantes já havia sido adquirida por produtores.
Soja
Pesquisadores do Cepea indicam que, nas lavouras de soja, as precipitações foram mal distribuídas na parte oeste da região Sul e também em Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Na primeira quinzena deste mês, produtores de Goiás, Minas Gerais e todo o Nordeste estavam preocupados com a baixa umidade, mas chuvas recentes aliviaram a situação em várias localidades. Em dezembro e também em janeiro, os casos de ferrugem asiática registrados pelo consórcio Antiferrugem têm aumentado.
Já no oeste do Paraná, agentes consultados pelo Cepea comentam que o clima está favorável e a colheita de soja foi iniciada. As chuvas da semana passada interromperam pontualmente as atividades, mas ainda assim são benéficas às lavouras em desenvolvimento. A quantidade de soja colhida até o momento ainda é insignificante perto do volume que o estado deve produzir, segundo dados do Deral/Seab. No geral, a produtividade está divergente entre as lavouras do Paraná.
Em Mato Grosso, produtores também já iniciaram a colheita e muitos esperam boa produtividade. Em Mato Grosso Sul, as colheitadeiras também estão no campo, mas a estiagem em dezembro pode resultar em menor produtividade, segundo levantamentos do Cepea. Em Goiás, estado que também foi castigado pela falta de chuva, a colheita teve início nos últimos dias, e já se fala em algumas perdas. Na Bahia, as atividades de campo devem começar em fevereiro, e sojicultores consultados pelo Cepea ainda não têm consenso sobre a produtividade. Já em São Paulo e em Minas Gerais, a colheita deve iniciar em fevereiro e a expectativa de agentes é positiva.
O último relatório do USDA apontou que a oferta brasileira de soja deve totalizar 89 milhões de toneladas em 2013/14, devido a ajustes na área cultivada, agora prevista em 29,5 milhões de hectares. O USDA estima que o Brasil processe 37,28 milhões de toneladas e que exporte 44 milhões de toneladas entre out/13 e set/14. Já segundo a Conab, a produção nacional deve ser ainda maior, em 90,3 milhões de toneladas, um recorde.
Milho
No Rio Grande do Sul, a Emater apontou que 5% das lavouras haviam sido colhidas até o dia 16, contra 8% há um ano e 7% na média dos últimos cinco anos. No Paraná, já há relatos de colheita, mas o Deral/Seab ainda não sinalizou percentual em seus dados semanais. Vale lembrar que, no Paraná, a área a ser colhida é bem menor que a do ano anterior.
Segundo a Conab, a produção brasileira de milho deve totalizar 32,6 milhões de toneladas. Pesquisadores do Cepea ressaltam que a grande incerteza fica para o cultivo do milho de segunda safra, que, nos dois últimos anos, superou o da primeira safra, chegando a representar quase 60% da oferta total. Ainda não há dados oficiais, mas é de se esperar produção inferior à da safra 2012/13. Isso porque produtores também devem buscar culturas substitutas, reduzir os investimentos em tecnologia e adubos ou mesmo deixar parte da área sem cultivo de segunda safra (caso comum no Cerrado brasileiro). Assim, além da área, pode haver redução do rendimento por hectare, pressionando a oferta total.
Custos de Produção
Os custos de produção da safra de grãos 2013/14 estão superiores aos observados na temporada anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, as principais causas foram o maior gasto com defensivos, em função sobretudo da ocorrência da lagarta Helicoverpa armigera, e os reajustes do óleo diesel e dos salários.
Os custos só não foram ainda maiores devido à queda dos valores de fertilizantes. Em algumas regiões, como em Mato Grosso, o gasto com esse insumo chegou a cair 9,7% no correr do ano. Porém, grande parte dessa desvalorização do insumo ocorreu a partir de agosto/13, período em que a maior parte dos fertilizantes já havia sido adquirida por produtores.
Fonte: Cepea/Esalq