15
ago
2013
Geada levou 2 milhões de toneladas de grãos no PR
Quebra no trigo foi maior em valor, no milho em volume, mas é na cafeicultura que haverá maior impacto social
José Rocher
As geadas dos dias 23 e 24 de julho levaram embora 2 milhões de toneladas de café, milho e trigo no Paraná, conforme levantamento divulgado na manhã desta quarta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O impacto é considerado forte nas três culturas, apesar de o volume geral da produção de grãos de 2012/13 ainda ser recorde (com a queda de 38,3 milhões de toneladas para 36,3 milhões de toneladas).
O desfalque é estimado em R$ 728,8 milhões no trigo, R$ 278 milhões no milho e R$ 253 milhões no café. Como a maioria dos produtores não fez seguro e, mesmo nas áreas seguradas, a cobertura não cobre 100% das perdas, a maior parte desses prejuízos será arcada pelo setor, avaliou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Francisco Simioni.
O quebra no trigo é a que mais influencia o mercado, num ano de escassez internacional e aumento da dependência das importações, que agora devem passar de 70% do consumo, estimado em 10,8 milhões de toneladas. O Paraná seria o maior produtor nacional neste ano, mas agora pode ficar atrás do Rio Grande do Sul, que ainda avalia as perdas.
O impacto socioeconômico, por outro lado, será maior entre os produtores de café, apontou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Dos 12 mil cafeicultores do Paraná, 90% são agricultores familiares. “O café vem levando sucessivos coices desde a geada negra de 1975″, apontou. Em sua avaliação, o setor terá de investir em mecanização e tecnologias como a do café adensado para se reerguer.
O milho de inverno teve maior quebra em volume. Foram perdidas 961 mil toneladas ou 8% da colheita, que agora é estimada em 10,6 milhões de toneladas. Esse volume ainda é recorde.
O volume total das perdas ainda pode aumentar. Nem todas as culturas foram avaliadas. A redução de 2 milhões de toneladas na previsão para 2012/13 não inclui o café, cuja quebra de 57 mil toneladas deve ser contabilizada nas projeções de 2013/14.
Os números da quebra:
R$ 1,26 bilhão de prejuízo, considerando os preços atuais de milho, trigo e café.
62% da produção de café de 2014, 33% do trigo de 2013 e 8% do milho de inverno também de 2013 foram perdidos.
36,3 milhões de toneladas de grãos devem ser colhidas em 2012/13 no Paraná. A temporada teve quebra de 2 milhões de toneladas na reta final. A quebra é de 5%.
960 mil toneladas de milho e 954 mil toneladas de trigo foram perdidas. No café, deixarão de ser colhidas 57 mil toneladas no ano que vem.
16 mil hectares de café devem ser derrubados, conforme estimativa da Seab. Isso vai reduzir a cafeicultura do Paraná a 66 mil hectares.
R$ 728,8 milhões foram perdidos nas lavouras de trigo e 60% das áreas com perdas estão nas regiões de Cascavel, Campo Mourão, Ivaiporã e Apucarana.
R$ 45,39 é a cotação da saca de trigo ao produtor. O valor era de R$ 42 antes das geadas.
10,6 milhões de toneladas é o tamanho da safra de milho de inverno, que iria render 11,6 milhões de toneladas.
1,76 milhão de toneladas é o tamanho da safra de trigo, ante 2,67 milhões esperados antes da quebra.
José Rocher
As geadas dos dias 23 e 24 de julho levaram embora 2 milhões de toneladas de café, milho e trigo no Paraná, conforme levantamento divulgado na manhã desta quarta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O impacto é considerado forte nas três culturas, apesar de o volume geral da produção de grãos de 2012/13 ainda ser recorde (com a queda de 38,3 milhões de toneladas para 36,3 milhões de toneladas).
O desfalque é estimado em R$ 728,8 milhões no trigo, R$ 278 milhões no milho e R$ 253 milhões no café. Como a maioria dos produtores não fez seguro e, mesmo nas áreas seguradas, a cobertura não cobre 100% das perdas, a maior parte desses prejuízos será arcada pelo setor, avaliou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, Francisco Simioni.
O quebra no trigo é a que mais influencia o mercado, num ano de escassez internacional e aumento da dependência das importações, que agora devem passar de 70% do consumo, estimado em 10,8 milhões de toneladas. O Paraná seria o maior produtor nacional neste ano, mas agora pode ficar atrás do Rio Grande do Sul, que ainda avalia as perdas.
O impacto socioeconômico, por outro lado, será maior entre os produtores de café, apontou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Dos 12 mil cafeicultores do Paraná, 90% são agricultores familiares. “O café vem levando sucessivos coices desde a geada negra de 1975″, apontou. Em sua avaliação, o setor terá de investir em mecanização e tecnologias como a do café adensado para se reerguer.
O milho de inverno teve maior quebra em volume. Foram perdidas 961 mil toneladas ou 8% da colheita, que agora é estimada em 10,6 milhões de toneladas. Esse volume ainda é recorde.
O volume total das perdas ainda pode aumentar. Nem todas as culturas foram avaliadas. A redução de 2 milhões de toneladas na previsão para 2012/13 não inclui o café, cuja quebra de 57 mil toneladas deve ser contabilizada nas projeções de 2013/14.
Os números da quebra:
R$ 1,26 bilhão de prejuízo, considerando os preços atuais de milho, trigo e café.
62% da produção de café de 2014, 33% do trigo de 2013 e 8% do milho de inverno também de 2013 foram perdidos.
36,3 milhões de toneladas de grãos devem ser colhidas em 2012/13 no Paraná. A temporada teve quebra de 2 milhões de toneladas na reta final. A quebra é de 5%.
960 mil toneladas de milho e 954 mil toneladas de trigo foram perdidas. No café, deixarão de ser colhidas 57 mil toneladas no ano que vem.
16 mil hectares de café devem ser derrubados, conforme estimativa da Seab. Isso vai reduzir a cafeicultura do Paraná a 66 mil hectares.
R$ 728,8 milhões foram perdidos nas lavouras de trigo e 60% das áreas com perdas estão nas regiões de Cascavel, Campo Mourão, Ivaiporã e Apucarana.
R$ 45,39 é a cotação da saca de trigo ao produtor. O valor era de R$ 42 antes das geadas.
10,6 milhões de toneladas é o tamanho da safra de milho de inverno, que iria render 11,6 milhões de toneladas.
1,76 milhão de toneladas é o tamanho da safra de trigo, ante 2,67 milhões esperados antes da quebra.
Fonte: Gazeta do Povo
