Uma frente fria, que está avançando pela costa do Brasil, e um ciclone, que vai se intensificar no oceano, vão organizar a umidade sobre o interior do país. Por isso, ao longo desta semana estão previstas chuvas mais abrangentes e com volumes mais elevados sobre áreas produtoras entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As chuvas devem atingir, principalmente, as áreas entre a Alta Mogiana de São Paulo, sul e Triângulo Mineiro, extremo norte do Paraná, norte de Mato Grosso do Sul e a área de Cerrado entre Minas Gerais e Goiás. A expectativa é de volumes de 50 até 80 milímetros nos próximos dias. Essa chuva deve beneficiar locais que estavam apresentando redução da umidade no solo. Assim, ela deve favorecer o desenvolvimento dos cafezais, dos canaviais e das lavouras de soja.
Na maior parte do Centro-Oeste, as chuvas ainda serão mal distribuídas. Em Mato Grosso, por exemplo, são esperados volumes expressivos de água sobre a faixa oeste e partes do norte. Em algumas áreas do centro-sul mato-grossense, contudo, a chuva ainda tende a continuar muito isolada e com menores volumes de água.
Frente fria e chuva nos próximos dias?
A partir do próximo fim de semana, as instabilidades avançam mais para o norte do país. Não há, no entanto, menção à possibilidade de passagem de mais um frente fria. Ao menos por ora. Enquanto isso, as chuvas devem ganhar força e serem expressivas sobre o interior do Matopiba, norte de Minas Gerais e interior da região Norte do país. No Sul, contudo, são esperados episódios de chuva mais frequentes apenas para o Paraná. Mas na maior parte da região o destaque desta semana é — e será — o predomínio do tempo seco e o calor que vai se intensificar rapidamente.
Uma intensa massa de ar quente, que já predomina sobre o centro-sul da América do Sul e vem provocando muito calor na Argentina, deve ganhar força sobre áreas mais ao sul do Brasil e, principalmente, no centro e oeste gaúcho. Essas partes gaúchas devem, nesse sentido, registrar temperaturas próximas dos 40 graus Celsius na segunda metade desta semana. Além disso, há previsão para formação de algumas instabilidades para o próximo fim de semana.
Nos próximos dias, algumas regiões devem receber mais de 100 milímetros. A saber, há risco para transtornos entre o Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, que já vem recebendo chuvas bastante expressivas nesses últimos períodos. Enquanto isso, a segunda quinzena de dezembro deve começar com tempo firme nas áreas do interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e interior da região Sul.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul deve ser o estado que deve registrar menos chuvas nas próximas semanas e as temperaturas mais elevadas. Com isso, o déficit hídrico deve se acentuar no estado gaúcho. Dessa forma, as culturas como arroz, milho e soja devem sentir um estresse maior.
Previsão do tempo para o fim de 2022 e começo de 2023
Depois de 20 de dezembro, a umidade da Amazônia começa a migrar um pouco mais para o Centro-Sul do país. Além disso, são esperadas chuvas bastante expressivas entre o interior do Sudeste e do Centro-Oeste ao decorrer da última semana do ano.
No início da segunda quinzena de dezembro, quando as chuvas devem se intensificar sobre as áreas mais ao norte do Sudeste, Matopiba e áreas mais ao norte do Centro-Oeste, a tendência será de temperaturas mais amenas sobre estas áreas. E isso indica, a saber, o risco para ocorrência de invernada.
O próximo ano deve começar com chuvas mais expressivas e abrangentes, inclusive sobre o Sul. Quanto às temperaturas, além do calorão previsto para a região sulista, outro destaque para janeiro de 2023 será a diminuição das temperaturas máximas sobre áreas do Sudeste. Isso porque haverá aumento das chuvas ao longo dos próximos dias.
Fonte: Canal Rural
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