Confira o que esperar das condições do tempo em cada região do país nesta semana, de acordo com informações da Climatempo e análise do meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller. Frente fria, formação de ciclone extratropical e risco de incêndio estão no radar.
Sul
Região apresenta muita nebulosidade. Não chove no oeste do Rio Grande do Sul, apesar das nuvens, mas há previsão de chuviscos na Campanha e no litoral sul do estado.
Nas demais áreas gaúchas e também em Santa Catarina e no sudoeste do Paraná, os temporais acontecem a qualquer momento do dia, podendo acumular volumes consideráveis de precipitação.
O tempo permanece firme somente no norte do Paraná. Nas áreas centrais, no litoral e na capital do estado, o sol aparece na maior parte do dia, mas há possibilidade de chuva fraca e isolada.
Frente fria e ciclone
Com o avanço da frente fria, esperam-se temporais principalmente entre esta segunda e terça-feira (25) no centro-norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no sul do Paraná.
Na quarta-feira (26) haverá a formação de um ciclone extratropical próximo ao litoral gaúcho e catarinense, trazendo novas temporais durante o dia. Mas o sistema deve se afastar rapidamente para o oceano.
Na sexta-feira (28), uma nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul, avançado para os demais estados do sul no fim de semana. Atenção às rajadas de vento que podem passar de 70 km/h, com possibilidade de queda de granizo
O acumulado de chuva nos próximos cinco dias pode passar de 100 mm no centro norte gaúcho, em todo o território catarinense e no centro-sul paranaense, o que é uma boa´notícia para o produtor do Paraná mas deixa o produtor do Rio Grande do Sul em alerta para novos alagamentos e deslizamentos.
Trabalhos em campo ficam comprometidos nessas áreas nesta semana. Mas operações deve continuar no sul do Rio Grande do Sul, pois o acumulado de chuva no período fica na casa de 20 mm, assim como no norte do Paraná, onde a previsão é de tempo seco.
Baixas temperaturas
A semana deve ser fria, com a temperatura despencancado nos três estados,
principalmente a partir de terça/quarta-feira, com a mínima ficando abaixo de 10 ºC. Há risco de geada entre quinta (27) e sábado (29) – em áreas de baixada do Rio Grande do Sul e no sul do Paraná, o risco existe apenas no sábado. Nesse dia, os termômetros podem zerar em Uruguaiana (RS), Passo Fundo (RS) e Caçador (SC), assim como podem ser registradas as primeiras temperaturas negativas do ano nos pontos mais altos da serra gaúcha e catarinense.
Sudeste
Tempo firme e com predomínio de sol no Rio de Janeiro, em praticamente todo o território de Minas Gerais e de São Paulo, assim como no interior e centro-sul do Espírito Santo.
No nordeste capixaba, no extremo nordeste mineiro e no extremo sudeste paulista, a circulação dos ventos provoca chuva fraca e isolada em alguns momentos do dia, mas o sol também aparece.
Frente fria não afeta muito a temperatura
Apesar do avanço de uma frente fria, a temperatura na região não deve oscilar muito, com a chuva se concentrando no extremo sudeste e litoral de São Paulo, onde o acumulado da semana pode chegar a 40 mm elevando a umidade relativa do ar.
No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, o acumulado deve ficar na casa de 10 mm e em Minas Gerais, o predomínio ainda será de tempo seco.
Lavouras de milho segunda safra continuarão sob restrição hídrica, porém os trabalhos em campo com colheita de café e moagem de cana-de-açúcar devem seguir normalmente.
O tempo deve continuar quente, o que potencializa o risco para aparecimento de focos de incêndio e a necessidade de se hidratar ainda mais.
A temperatura mínima pode ficar abaixo de 10 ºC na região da Serra da Mantiqueira, mas sem risco para geada.
Centro-Oeste
A semana começa com tempo firme em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, sem previsão de chuva.
Em Mato Grosso do Sul, o sol também predomina na maioria das áreas, mas há possibilidade de chuva passageira no sul do estado, na região de fronteira com o Paraguai.
O tempo segue firme em todos os estados, sem previsão de chuva. A umidade relativa do ar também poderá alcançar índices inferiores a 30% em algumas áreas.
Lavouras de milho segunda safra seguem sob restrição hídrica, e pastagens permanecem prejudicadas, pois quase não há previsão de chuva nos três estados da região nesta semana. As exceções são o sul e extremo oeste de Mato Grosso do Sul, que podem receber temporais com acumulados na casa de 25 mm entre terça e quarta-feira.
Risco de incêndio
Produtores devem ter cautela quando forem realizar manejo com fogo nesta semana. O ambiente quente e seco favorece o avanço das chamas e a situação pode fugir do controle, principalmente em Mato Grosso e Goiás.
Atenção ao ar mais frio que deve atingir o centro-sul de Mato Grosso do Sul entre terça e quarta. Isso vai deixar a temperatura máxima na casa de 20º C e a mínima entre 9 ºC e 10 ºC, o que pode provocar estresse térmico no gado em confinamento. Apesar da queda brusca de temperatura, ainda não há previsão de geada em áreas
produtoras de milho segunda safra e algodão.
Nordeste
Na segunda-feira, a chuva permanece no litoral, com os maiores acumulados previstos para Ilhéus e Salvador (BA). No interior da região, o tempo ainda continua firme e seco.
No norte do Ceará, do Piauí e do Maranhão, as nuvens ficam mais carregadas. Há previsão de pancadas de chuva ao fim do dia, acompanhadas por raios.
Nas demais áreas do interior do Nordeste, o tempo segue firme, sem previsão
de chuva. Na faixa leste da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o volume fica na casa de 50 mm, o que ajuda na reposição hídrica do solo.
No interior da região, o solo já se encontra mais ressecado, devido às altas temperaturas. O cenário deve permanecer o mesmo, com índices perto de 34 ºC/35 ºC nos próximos dias. Isso prejudica as lavouras de milho em fase de enchimento de grãos e potencializa o risco para focos de incêndio. Porém a colheita de algodão deve seguir normalmente.
Norte
O predomínio é de sol na segunda-feira, sem chance de chuva no Acre, centro-sul de Rondônia, sul e sudeste do Pará e no Tocantins.
Nas demais áreas, a chuva segue prevista, ocorrendo na maioria dos locais em forma de pancadas no fim do dia. Os destaques são Roraima e o leste do Amapá, onde a frequência e intensidade da precipitação pode ser maior.
Chuva nos próximos dias
Nos próximos cinco dias, a chuva se concentra na faixa norte do Amazonas, Roraima, norte do Pará e Acre. O volume deve ficar na casa de 50 mm. Isso contribui para as
operações em campo e para a recuperação de pastagens.
No Tocantins, o calor combinado com a ausência de chuva mais volumosa deixa o milho segunda safra sob estresse térmico e hídrico. A temperatura máxima no decorrer da semana fica na casa de 35 ºC no estado. Isso, potencializa o risco para o surgimento de focos de incêndio.
No centro-sul do Pará e em Rondônia, a situação do solo mais ressecado deve prejudicar a manutenção das pastagens. Nessas áreas, além de a temperatura se manter elevada, não há previsão de chuva.
Fonte: Canal Rural
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