17
set
2014
Focos da ferrugem são mais recorrentes em janeiro
A pesquisadora da área de fitopatologia da Embrapa Soja, Claudine Seixas, ficou surpresa com o aumento de áreas pontuais com a oleaginosa durante a entressafra. Porém, ela disse que se as plantas foram eliminadas, o padrão do surgimento da doença deve ser similar ao das safras anteriores, mais recorrentes em janeiro. "Historicamente, a ferrugem começa a surgir no Estado num estágio mais avançado do ciclo da soja. Portanto, não acredito que esse aumento de autuações durante o vazio interfira na safra", explicou ela.
De acordo com números do Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada desenvolvida para o combate da doença, na safra 2013/14 foram 396 casos no País, sendo 75 deles no Paraná, perdendo em números apenas para Goiás, que constatou 106 casos. "É difícil avaliar o que pode acontecer na safra que se inicia. Depende muito se o ciclo está mais seco ou com maior incidência de chuvas, já que aumentando a umidade favorece a disseminação dos poros", explica a pesquisadora.
Para o produtor, quanto mais tarde os focos surgirem, mais interessante, já que ele gastará menos com a aplicação de fungicidas. "Os produtores precisam monitorar a lavoura constantemente, verificar como está a incidência da doença no site do Consórcio Antiferrugem e não realizar aplicações calendarizadas de fungicida. O ideal é focar em critérios técnicos".
Por fim, o produtor deve estar atento para a eficiência dos fungicidas em função da mudança de sensibilidade do fungo, buscando resultados de pesquisa atualizados. Nas semeaduras tardias deve utilizar produtos com maior eficiência e sempre que possível rotacionar aplicações de misturas comerciais com ativos de diferentes grupos. A rotação de produtos é uma forma de atrasar a seleção de populações do fungo menos sensíveis e resistentes. (V.L.)
De acordo com números do Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada desenvolvida para o combate da doença, na safra 2013/14 foram 396 casos no País, sendo 75 deles no Paraná, perdendo em números apenas para Goiás, que constatou 106 casos. "É difícil avaliar o que pode acontecer na safra que se inicia. Depende muito se o ciclo está mais seco ou com maior incidência de chuvas, já que aumentando a umidade favorece a disseminação dos poros", explica a pesquisadora.
Para o produtor, quanto mais tarde os focos surgirem, mais interessante, já que ele gastará menos com a aplicação de fungicidas. "Os produtores precisam monitorar a lavoura constantemente, verificar como está a incidência da doença no site do Consórcio Antiferrugem e não realizar aplicações calendarizadas de fungicida. O ideal é focar em critérios técnicos".
Por fim, o produtor deve estar atento para a eficiência dos fungicidas em função da mudança de sensibilidade do fungo, buscando resultados de pesquisa atualizados. Nas semeaduras tardias deve utilizar produtos com maior eficiência e sempre que possível rotacionar aplicações de misturas comerciais com ativos de diferentes grupos. A rotação de produtos é uma forma de atrasar a seleção de populações do fungo menos sensíveis e resistentes. (V.L.)
Fonte: Folha Web