15
mai
2012
Fertilizantes: Índices de custo ainda escondem os reajustes
Cassiano Ribeiro

Apesar da significativa alta nas cotações dos fertilizantes nos últimos meses, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) ainda não têm projeção de custos para a safra 2012/13, que será plantada a partir setembro no Brasil. Os agricultores, no entanto, já contam com um incremento de pelo menos 15% no desembolso para cultivar os grãos de verão.

“O valor depende da época de compra, tanto dos fertilizantes como dos defensivos (agrotóxicos) [aplicados durante o cultivo]. Mas considero alta de 15% a 20% nos meus custos fixos”, conta o Rodolpho Luiz Botelho.

Considerando os valores praticados em fevereiro de 2012, levantados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, os fertilizantes pesam 15% nos custos de produção da soja, estimados em cerca de R$ 1 mil por hectare. No caso do milho, representam 18%. Maior consumidor de fertilizante do que a soja, o cereal demanda investimento de mais de R$ 1,7 mil por hectare.

Embora não tenha previsões de custos para o próximo ciclo, a Seab aponta incremento de pelo menos 13% nos preços de alguns dos principais formulados (adubos) utilizados pelos produtores rurais no campo, na comparação com 2011/12. Este é o caso do cloreto de potássio, que foi negociado a R$ 1,24 mil por tonelada em fevereiro, contra R$ 1,09 mil no mesmo mês do ano passado. A ureia, que foi vendida a R$ 1,24 mil por tonelada há três meses, também sofreu valorização em relação ao ano passado, quando valia pouco mais de R$ 1 mil por tonelada, em média. (CR)

Fonte: Gazeta do Povo
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