30
nov
2009
Ferrugem asiática avança nas lavouras comerciais, principalmente naquelas localizadas ao sul de MT
Sistema de alerta da Aprosoja/MT já recolheu mais de 300 amostras no Estado durante a temporada 09/10. Informações são disponibilizadas diariamente
Quatro focos da doença fúngica da soja, a ferrugem asiática, já assombram os sojicultores mato-grossenses, pois as confirmações se deram em áreas comerciais. Dois deles, em Guiratinga e Itiquira, surgiram na última semana. Até o momento, todos os focos se concentram na região sul do Estado, que segue ainda o plantio da oleaginosa.
Conforme o Sistema de Alerta Antiferrugem disponível no site da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT), além do primeiro foco da doença confirmado ainda na primeira quinzena do mês em área não comercial de Campo Verde (139 quilômetros ao sul de Cuiabá) outros quatro estão em Pedra Preta, Alto Garças, Guiratinga e Itiquira.
O foco de Campo Verde registrado em área não-comercial significa que os fungos da doença se desenvolveram fora das lavouras, em plantas tigueras, aquelas que nascem involuntariamente, germinando, geralmente, de grãos de soja perdidos durante a colheita e que ficam no ambiente. Existem ainda no Estado talhões cultivados com soja que são áreas de sentinela, ou seja, não estão ali com o propósito de produzir soja e sim capturar com antecedência os fungos da doença, caso eles estejam na região. Por isso, dentro da cultura há esta distinção entre áreas comerciais e não-comerciais, essa última pode ser tiguera ou sentinela.
Como frisa o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, a ferrugem apareceu mais cedo este ano no Estado. No ano passado, o primeiro caso havia sido confirmado no início de dezembro em uma Unidade de Alerta do município de Canarana, região leste. “O mesmo clima chuvoso que possibilitou a arrancada desta nova safra é o mesmo que hoje cria condições favoráveis ao aparecimento e à continuidade da ferrugem. O momento pede que o produtor redobre sua atenção e faça diariamente o monitoramento das lavouras”.
O sistema antiferrugem da Aprosoja/MT já recolheu mais de 300 amostras até o momento. Nova Ubiratan, Diamantino e Jaciara lideram o número de provas com 75, 48 e 40 exemplares recolhidos e enviados para análise, respectivamente.
Entre os municípios com a ferrugem confirmada o que contabiliza o maior volume de amostras é Pedra Preta. com 27, das quais apenas uma foi positiva ao diagnóstico da ferrugem. Em Campo Verde, das seis, apenas uma teve confirmação. Em Guiratinga foram dois exemplares para uma detecção. Em Itiquira, quatro para três diagnósticos positivos e em Alto Garças, três para duas ratificações da doença.
CUSTOS - A doença que compromete a produtividade dos hectares causando prejuízos às lavouras e à rentabilidade do sojicultor demanda investimentos no seu combate. Cerca de 10% dos custos variáveis da produção do grão no Estado são formados pela aquisição dos fungicidas.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) – a atual safra está demandando investimentos de cerca de R$ 1,2 mil a R$ 1,3 mil por hectare. No planejamento da maioria dos produtores estão previstas três aplicações de fungicidas – que têm como principal finalidade impedir a incidência da doença e minimizar os seus efeitos – que têm custo variando entre R$ 80 a R$ 120.
Como observa Nery, há neste momento a preocupação de que as três aplicações possam ser insuficientes para debelar a doença e garantir o menor prejuízo possível à safra e ao produtor. Ele acredita que poderá haver necessidade de ampliar em mais uma vez o número de aplicações, mas frisa que apenas o tempo, “literalmente o tempo (clima)”, irá direcionar o produtor.
Quatro focos da doença fúngica da soja, a ferrugem asiática, já assombram os sojicultores mato-grossenses, pois as confirmações se deram em áreas comerciais. Dois deles, em Guiratinga e Itiquira, surgiram na última semana. Até o momento, todos os focos se concentram na região sul do Estado, que segue ainda o plantio da oleaginosa.
Conforme o Sistema de Alerta Antiferrugem disponível no site da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT), além do primeiro foco da doença confirmado ainda na primeira quinzena do mês em área não comercial de Campo Verde (139 quilômetros ao sul de Cuiabá) outros quatro estão em Pedra Preta, Alto Garças, Guiratinga e Itiquira.
O foco de Campo Verde registrado em área não-comercial significa que os fungos da doença se desenvolveram fora das lavouras, em plantas tigueras, aquelas que nascem involuntariamente, germinando, geralmente, de grãos de soja perdidos durante a colheita e que ficam no ambiente. Existem ainda no Estado talhões cultivados com soja que são áreas de sentinela, ou seja, não estão ali com o propósito de produzir soja e sim capturar com antecedência os fungos da doença, caso eles estejam na região. Por isso, dentro da cultura há esta distinção entre áreas comerciais e não-comerciais, essa última pode ser tiguera ou sentinela.
Como frisa o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, a ferrugem apareceu mais cedo este ano no Estado. No ano passado, o primeiro caso havia sido confirmado no início de dezembro em uma Unidade de Alerta do município de Canarana, região leste. “O mesmo clima chuvoso que possibilitou a arrancada desta nova safra é o mesmo que hoje cria condições favoráveis ao aparecimento e à continuidade da ferrugem. O momento pede que o produtor redobre sua atenção e faça diariamente o monitoramento das lavouras”.
O sistema antiferrugem da Aprosoja/MT já recolheu mais de 300 amostras até o momento. Nova Ubiratan, Diamantino e Jaciara lideram o número de provas com 75, 48 e 40 exemplares recolhidos e enviados para análise, respectivamente.
Entre os municípios com a ferrugem confirmada o que contabiliza o maior volume de amostras é Pedra Preta. com 27, das quais apenas uma foi positiva ao diagnóstico da ferrugem. Em Campo Verde, das seis, apenas uma teve confirmação. Em Guiratinga foram dois exemplares para uma detecção. Em Itiquira, quatro para três diagnósticos positivos e em Alto Garças, três para duas ratificações da doença.
CUSTOS - A doença que compromete a produtividade dos hectares causando prejuízos às lavouras e à rentabilidade do sojicultor demanda investimentos no seu combate. Cerca de 10% dos custos variáveis da produção do grão no Estado são formados pela aquisição dos fungicidas.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) – a atual safra está demandando investimentos de cerca de R$ 1,2 mil a R$ 1,3 mil por hectare. No planejamento da maioria dos produtores estão previstas três aplicações de fungicidas – que têm como principal finalidade impedir a incidência da doença e minimizar os seus efeitos – que têm custo variando entre R$ 80 a R$ 120.
Como observa Nery, há neste momento a preocupação de que as três aplicações possam ser insuficientes para debelar a doença e garantir o menor prejuízo possível à safra e ao produtor. Ele acredita que poderá haver necessidade de ampliar em mais uma vez o número de aplicações, mas frisa que apenas o tempo, “literalmente o tempo (clima)”, irá direcionar o produtor.
Fonte: Diário de Cuiabá - MARIANNA PERES