A avaliação de mercado pela T&F Consultoria Agroeconômica continua a mesma: “os níveis do mercado estão excelentes, com alta lucratividade, acima ou próxima dos 50% no PR, SC e em SP, acima ou próxima dos 40% no RS, MA, MG e MS, acima ou próxima dos 30% no TO e BA e acima ou próxima dos 20% nos demais estados”.
De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, a “lição de 2016 parece ter sido útil”, porque neste ano mais de 61% dos produtores brasileiros já garantiram estas lucratividades, tendo vendido parte da sua safra a preços compensatórios. “O produtor não é um produtor de soja, mas de lucros; quando ele aparece, tem que agarrá-lo”, diz ele.
Contudo, o especialista aponta alguns fatores negativos pela frente, pelos quais ele recomenda cautela e até que sejam feitas vendas nos níveis atuais. O primeiro deles é o clima previsto para as próximas semanas nos Estados Unidos, permite prever uma queda no plantio de milho e possibilidade de aumento do plantio de soja.
O segundo são as cotações, que voltaram a subir forte na última sexta-feira (27.04), ultrapassando, depois de muito tempo, o nível de resistência a US$ 10,50 por bushel, embora não tenha fechado acima. Segundo Pacheco, isso inverteu a tendência técnica para cima, com objetivos de curto prazo entre US$ 10,50 a US$ 11,00 por bushel, níveis em que se esperam muitas vendas técnicas dos Fundos.
Outro fator baixista seria o afrouxamento da disputa entre China e EUA, que caminha para a continuação da demanda de soja americana. Por fim, a maior deficiência de grão na Argentina ocorrerá no final do ano, quando os EUA terão uma nova safra e poderão supri-la como fá começaram a fazer. “Note-se que as cotações em Chicago crescem até agosto e começam a diminuir de setembro em diante, até níveis mais baixos em janeiro e março do próximo ano”, conclui o analista da T&F.
Fonte: Agrolink
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