05
out
2009
Falta soja no mercado interno
A exportação de soja cresceu este ano e as cooperativas enfrentam dificuldade para dar conta do mercado interno. No Paraná elas estão buscando o produto em outros estados.
A soja que saiu do campo há cinco meses continua movimentando a cidade. Nos armazéns do Paraná a filas de caminhões. Das mais de nove milhões de toneladas colhidas no estado, grande parte vai para as cooperativas.
Na COCAMAR de Maringá toda a soja que chega está indo para as indústrias. Parte é usada na produção de alimentos, como óleo de soja. Só de óleo saem 12 milhões de litros de garrafas por mês.
A outra parte vira farelo que é vendido tanto para o mercado interno quanto para outros países. "25% a gente esporta via Paranaguá. O restante também é consumido pelas fábricas regionais, principalmente a avicultura", afirma o Superintendente industrial da COCAMAR, Celso Carlos Santos Jr.
A soja em grão também é exportada e o mercado internacional está comprando mais do Brasil.
Este ano as exportações superaram as expectativas. Entre janeiro e agosto o Brasil exportou 25.6 milhões de toneladas. Cinco milhões a mais que no mesmo período do ano passado.
A produção que segue para o Porto de Paranaguá chega longe. Um dos principais compradores é a China.
"A China está comprando mais por causa do aumento do consumo e também está comprando mais do Brasil, neste ano, por conta da queda que ocorreu na Argentina que é um grande fornecedor de soja. De certa forma está se esperando uma redução da moagem por conta do fenômeno do aumento da exportação. Nós podemos ver inclusive hoje diversas indústrias de esmagamento de soja que já pararam as suas atividades em função dessa escassez do produto", diz o Superintendente comercial da COCAMAR, José Cícero Aderaldo.
Existem atualmente no Brasil em poder das indústrias e cooperativas cerca de nove milhões de toneladas se soja. No mesmo período do ano passado eram 15 milhões.
A China, maior comprador mundial de soja, deve ter este ano uma safra menor do que a anterior.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos a produção caiu de 16 para 15 milhões de toneladas. Já o consumo chinês subiu 51,3 milhões para 53,6 milhões toneladas no mesmo período.
Fonte: Globo Rural