04
ago
2014
Exportações do agronegócio paranaense crescem 3,8%
No País, vendas para o exterior tiveram uma queda de 0,92%, alcançando US$ 49,6 bilhões entre janeiro e junho
O Paraná fechou as exportações do agronegócio do primeiro semestre com números positivos e, mais uma vez, mostrou maior força no segmento do que a média nacional. Enquanto o País alcançou US$ 49,6 bilhões entre janeiro e junho – uma queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013 –, o Estado comercializou para outros países a marca de US$ 6,64 bilhões, um crescimento de 3,8%.
Em relação à importação, o Brasil comprou US$ 8,8 bilhões em produtos do agronegócio, fechando com um superavit de US$ 40,8 bilhões. Já as importações paranaenses somaram US$ 993 milhões. Com o resultado, o saldo da balança do agronegócio do Estado foi superavitário em US$ 5,65 bilhões. Os dados do País são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e os estaduais da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Apesar dos números nacionais terem fechado com leve queda, o agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre, contra 41,3% de 2013. O desempenho do setor contrasta com o resultado negativo da balança comercial do País, que teve deficit de US$ 3 bilhões no acumulado semestral deste ano. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões.
De acordo com os números da Faep, o Paraná ocupa o terceiro lugar nas exportações do agronegócio brasileiro, participando com 13% do total do País, atrás apenas de São Paulo (18%) e Mato Grosso (17%). Esses estados somam quase US$ 50 milhões nas exportações gerais do País. "Mais uma vez, as exportações do complexo soja foram as principais responsáveis por colocar o Estado neste patamar de crescimento", explica a economista da Faep, Gilda Bozza.
Neste primeiro semestre, o complexo soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado), correspondeu a 53% do volume total de exportações e fechou com receita de US$ 3,58 bilhões. Só o valor correspondente à soja em grão foi de US$ 2,47 bilhões, com o volume saltando de 3,8 milhões de toneladas para 4,97 milhões de toneladas, um incremento de 30,7%. "O aumento do volume compensou a retração de 4,7% no preço médio de exportação, que passou de US$ 522,93 por tonelada para US$ 498,50", relata a economista.
O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), Marcelo Garrido, diz que a safra paranaense não foi maior do que o ano passado como era esperado, mas as exportações mostram que está sendo uma boa temporada. "O produtor está capitalizado e apenas nas últimas semanas os preços da soja caíram. Acho que o quadro não é tão otimista como do ano passado, mas está bom".
A preocupação de Garrido é com o segundo semestre que, de acordo com analistas de mercado do agronegócio, deve ser mais morno em relação às exportações. "O quadro não é tão otimista neste momento devido às especulações com a produção norte-americana. Se o clima bom se confirmar, o volume do grão (soja) será muito grande no mercado o que pode esfriar as exportações brasileiras neste segundo semestre", complementou ele. (Com agências)
Victor Lopes
O Paraná fechou as exportações do agronegócio do primeiro semestre com números positivos e, mais uma vez, mostrou maior força no segmento do que a média nacional. Enquanto o País alcançou US$ 49,6 bilhões entre janeiro e junho – uma queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013 –, o Estado comercializou para outros países a marca de US$ 6,64 bilhões, um crescimento de 3,8%.
Em relação à importação, o Brasil comprou US$ 8,8 bilhões em produtos do agronegócio, fechando com um superavit de US$ 40,8 bilhões. Já as importações paranaenses somaram US$ 993 milhões. Com o resultado, o saldo da balança do agronegócio do Estado foi superavitário em US$ 5,65 bilhões. Os dados do País são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e os estaduais da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Apesar dos números nacionais terem fechado com leve queda, o agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre, contra 41,3% de 2013. O desempenho do setor contrasta com o resultado negativo da balança comercial do País, que teve deficit de US$ 3 bilhões no acumulado semestral deste ano. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões.
De acordo com os números da Faep, o Paraná ocupa o terceiro lugar nas exportações do agronegócio brasileiro, participando com 13% do total do País, atrás apenas de São Paulo (18%) e Mato Grosso (17%). Esses estados somam quase US$ 50 milhões nas exportações gerais do País. "Mais uma vez, as exportações do complexo soja foram as principais responsáveis por colocar o Estado neste patamar de crescimento", explica a economista da Faep, Gilda Bozza.
Neste primeiro semestre, o complexo soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado), correspondeu a 53% do volume total de exportações e fechou com receita de US$ 3,58 bilhões. Só o valor correspondente à soja em grão foi de US$ 2,47 bilhões, com o volume saltando de 3,8 milhões de toneladas para 4,97 milhões de toneladas, um incremento de 30,7%. "O aumento do volume compensou a retração de 4,7% no preço médio de exportação, que passou de US$ 522,93 por tonelada para US$ 498,50", relata a economista.
O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), Marcelo Garrido, diz que a safra paranaense não foi maior do que o ano passado como era esperado, mas as exportações mostram que está sendo uma boa temporada. "O produtor está capitalizado e apenas nas últimas semanas os preços da soja caíram. Acho que o quadro não é tão otimista como do ano passado, mas está bom".
A preocupação de Garrido é com o segundo semestre que, de acordo com analistas de mercado do agronegócio, deve ser mais morno em relação às exportações. "O quadro não é tão otimista neste momento devido às especulações com a produção norte-americana. Se o clima bom se confirmar, o volume do grão (soja) será muito grande no mercado o que pode esfriar as exportações brasileiras neste segundo semestre", complementou ele. (Com agências)
Victor Lopes
Fonte: Folha Web