No mês de junho de 2023, as exportações brasileiras de soja apresentaram uma marca de 13,77 milhões de toneladas, em comparação às 15,59 milhões de toneladas registradas no mês anterior e aos 10 milhões de toneladas no mesmo período de 2022. As informações são da Conab. Esse declínio na quantidade exportada reflete a desaceleração da atividade de vendas, resultante da queda dos preços do mercado. Com isso, muitos produtores optaram por segurar a oleaginosa, esperando um cenário econômico mais favorável no futuro.
Na Bolsa de Chicago, mesmo com incertezas sobre a safra americana devido às condições climáticas, há uma expectativa de estabilização do mercado. Os preços projetados para a próxima safra são mais baixos do que os do ano anterior, um fenômeno impulsionado pelas complicações nas negociações atuais com a Rússia, que decidiu suspender o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro.
No cenário interno, segundo a Conab, a ampla oferta da oleaginosa brasileira desta safra, combinada com a queda do dólar em relação ao real e com a tendência negativa dos prêmios de exportação, contribuem para um quadro mais desafiador no mercado brasileiro de soja.
Por outro lado, em relação ao milho, o Brasil exportou 1,03 milhão de toneladas em junho de 2023, número superior ao 0,38 milhão de toneladas de maio e ao 0,99 milhão de toneladas do mesmo período do ano anterior. Esse aumento se deve, em grande parte, a transações realizadas de maneira antecipada.
Informações recém-divulgadas pela Conab indicam que esse aumento também está ligado aos prêmios de exportação, que têm experimentado uma rápida valorização no mercado brasileiro. Espera-se que esses valores continuem subindo até o final do ano, principalmente devido ao atraso na colheita na América do Sul, que foi exacerbado pelas chuvas recentes. Projeções indicam que a colheita da segunda safra de milho do Paraguai será a mais tardia em onze anos.
Fonte: Revista Cultivar.
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