02
mai
2011
Exportação de soja aumentará 140% nos próximos anos, diz especialista

 

Até 2030 o Brasil deverá exportar 140% a mais de soja do que neste domingo (01-05), apontou o diretor geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone), engenheiro agrônomo André Nassar, durante palestra sobre o cenário futuro da agricultura mundial, realizada no Circuito Aprosoja, em Sinop, quinta-feira à noite.

Nassar disse ainda existir cenário favorável para crescimento de 81% das exportações de carne bovina, 56% de carne suína, 122% de carne de frango, 66% de açúcar, 15% de arroz e, 108% de milho. A afirmativa do agrônomo está sustentada nas projeções da Organização Mundial para Agricultura e Alimentos (FAO), que até 2030 o mundo precisará produzir praticamente 50% a mais do que hoje, para atender à demanda.

Conforme projeções do diretor geral do Ícone, em 2030 o Brasil deverá ser do tamanho dos Estados Unidos no mercado internacional de produtos do agronegócio. “Os números comprovam duas coisas: que o aumento da inserção internacional do agro brasileiro é um caminho sem volta e que o setor continuará sendo um dos mais dinâmicos da economia brasileira”, destacou.

André Nassar destacou a expansão do Mato Grosso no comércio internacional. Isso se deve, segundo o palestrante, a políticas públicas de abertura de mercados, por exemplo, de a tomada pelo governo chinês, em abrir seu mercado para a carne suína brasileira. Com a decisão, o Brasil venderá o produto pela primeira vez aos chineses.

Outro fator avaliado pelo engenheiro agrônomo é a industrialização do setor, principalmente em regiões como Mato Grosso. Segundo ele, o sistema atrai novos investimentos e oportunidades financeiras em frigoríficos, fábricas de ração, estruturas de armazenagem, indústrias de processamento e, em infraestrutura de transporte, por exemplo.

Na avaliação do especialista aos produtores do Nortão, é preciso pensar em como o agronegócio será conduzido neste longo caminho até 2030, maximizando os benefícios da expansão para a sociedade, e não só para quem produz, minimizando os impactos no meio ambiente. “Explorar as vantagens comparativas do agro brasileiro é uma condição para o desenvolvimento sustentável do Brasil, e não uma condenação, como alguns dizem. Legislação inteligente e novas tecnologias certamente fazem parte da solução”, afirmou André Nassar.


Fonte: Olhar Direto..

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