15
jan
2010
Excesso de chuva eleva custo de produção da soja em até 250%
Solo úmido impede o traballho de tratores e produtores têm que recorrer à aviação agrícola para aplicar agrotóxicos nas lavouras de soja
O excesso de chuva garantiu um excelente desenvolvimento para as lavouras de soja de Maringá e região, mas também favoreceu o surgimento da ferrugem asiática e de insetos como a lagarta e o percevejo. Desde o início da safra, em setembro de 2008, o volume pluviométrico foi 94% superior à média histórica para o período, de acordo com os dados da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O solo úmido não permite que os produtores entrem com máquinas para aplicar fungicidas e defensivos nas lavouras. O serviço dos tratores está sendo feito por aviões agrícolas. De acordo com o piloto da Ivaí Aeroagrícola, Arnaldo Borges, o número de aplicações feitas nesta safra supera em 80% o do ciclo 2008/2009. “Desde o começo da safra, já cobrimos 18 mil hectares em Floresta, Ivatuba, Itambé, Engenheiro Beltrão, Quinta do Sol, Terra Boa e Peabiru”, afirma Borges, que atua há oito anos na aviação agrícola.
Com uma aeronave monomotor Brave, operada com GPS e com capacidade para 1.100 litros de produtos químicos, o aparelho voa a apenas 2 metros da soja, a 230 km/h, e aplica de 10 a 40 litros de mistura por hectare. “Os produtores estão nos contratando para fazer uma aplicação a cada 18 dias, prazo de carência do produto”, explica Borges.
O produtor Reginaldo da Silva, responsável por uma lavoura de 25 hectares de soja em Floresta, fez a segunda aplicação na quarta-feira (13) e prevê mais uma até fevereiro. Ele afirma que a aplicação com aeronaves eleva seu custo de produção, mas não há alternativa diante da ameaça das infestações. “Com o avião, o custo é de R$ 25 por hectare, enquanto que com as máquinas, sairia por R$ 7 o hectare”, compara o produtor.
Exagero
O engenheiro agrônomo da Emater, Paulo Roberto Milagres, afirma que a aplicação de fungicidas na região está sendo feita além do recomendado. “Muitos produtores estão se deixando levar pelo que os outros estão fazendo e aplicam fungicida sem necessidade”, afirma Milagres. “Quando há a ocorrência da ferrugem, a aplicação é altamente recomendada, mas se não existe o problema, o fungicida não serve como vacina”, acrescenta.
O especialista recomenda que os produtores procurem assistência técnica antes de contratar o serviço de aplicação. “Os produtores estão aplicando fungicida por data, e não por prescrição”, alerta.
O excesso de chuva garantiu um excelente desenvolvimento para as lavouras de soja de Maringá e região, mas também favoreceu o surgimento da ferrugem asiática e de insetos como a lagarta e o percevejo. Desde o início da safra, em setembro de 2008, o volume pluviométrico foi 94% superior à média histórica para o período, de acordo com os dados da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O solo úmido não permite que os produtores entrem com máquinas para aplicar fungicidas e defensivos nas lavouras. O serviço dos tratores está sendo feito por aviões agrícolas. De acordo com o piloto da Ivaí Aeroagrícola, Arnaldo Borges, o número de aplicações feitas nesta safra supera em 80% o do ciclo 2008/2009. “Desde o começo da safra, já cobrimos 18 mil hectares em Floresta, Ivatuba, Itambé, Engenheiro Beltrão, Quinta do Sol, Terra Boa e Peabiru”, afirma Borges, que atua há oito anos na aviação agrícola.
Com uma aeronave monomotor Brave, operada com GPS e com capacidade para 1.100 litros de produtos químicos, o aparelho voa a apenas 2 metros da soja, a 230 km/h, e aplica de 10 a 40 litros de mistura por hectare. “Os produtores estão nos contratando para fazer uma aplicação a cada 18 dias, prazo de carência do produto”, explica Borges.
O produtor Reginaldo da Silva, responsável por uma lavoura de 25 hectares de soja em Floresta, fez a segunda aplicação na quarta-feira (13) e prevê mais uma até fevereiro. Ele afirma que a aplicação com aeronaves eleva seu custo de produção, mas não há alternativa diante da ameaça das infestações. “Com o avião, o custo é de R$ 25 por hectare, enquanto que com as máquinas, sairia por R$ 7 o hectare”, compara o produtor.
Exagero
O engenheiro agrônomo da Emater, Paulo Roberto Milagres, afirma que a aplicação de fungicidas na região está sendo feita além do recomendado. “Muitos produtores estão se deixando levar pelo que os outros estão fazendo e aplicam fungicida sem necessidade”, afirma Milagres. “Quando há a ocorrência da ferrugem, a aplicação é altamente recomendada, mas se não existe o problema, o fungicida não serve como vacina”, acrescenta.
O especialista recomenda que os produtores procurem assistência técnica antes de contratar o serviço de aplicação. “Os produtores estão aplicando fungicida por data, e não por prescrição”, alerta.
Fonte: O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ... - Vinícius Carvallho