21
nov
2014
EUA tiram o atraso na colheita e cotações reagem de olho na América do Sul
Roteiro percorre as regiões produtoras do Corn Belt, o cinturão do milho norte-americano
Luana Gomes e Giovani Ferreira, enviados especiais
A Expedição Safra acompanha nesta semana a fase final da colheita 2014/15 nos Estados Unidos. Apesar da chuva, que continua interrompendo os trabalhos no campo, os produtores norte-americanos conseguem, aos poucos, tirar o atraso na soja. O trabalho entra na reta final, e avança agora sobre a área de milho.
Conforme avaliação dos técnicos e jornalistas da Expedição Safra, mais de 80% da soja já foram retiradas das lavouras. No milho, mais de 40% da extensão ainda estão por ser colhidas. A depender da região produtora, o atraso é de até duas semanas em relação ao ano passado, o que aumenta a preocupação com o clima. Começa a ficar mais frio e possibilidade de geada e neve é cada vez maior. Há uma preocupação com a qualidade dos grãos.
Os Estados Unidos estão colhendo 33,75 milhões de hectares de soja e 33,63 milhões de hectares de milho. A oleaginosa tem potencial para 107 milhões de toneladas, enquanto a projeção é de 368 milhões de toneladas do cereal, a depender do ritmo de colheita e do comportamento do clima nas próximas semanas. Em 10 anos, em apenas duas ocasiões, a área colhida com soja é maior que a de milho. A inversão, segundo Luana Gomes, jornalista e analista de mercado da Expedição Safra que está nos EUA, se justifica no preço da soja na época da decisão de plantio, que estava mais atrativo do que a da milho.
Área e produção recorde nos Estados Unidos e a intenção recorde de plantio na América do Sul, liderada pelo Brasil, fazem a cotação da soja perder mais de 25% e do milho 23% em apenas um ano na Bolsa de Chicago. Para as duas commodities, é o menor preço em quatro anos. Depois de recuar a perto de US$ 9/bushel no início de outubro, a soja ganha terreno em Chicago e opera próximo dos US$ 10/bushel nesta última semana do mês. A reação é fruto da especulação e dos fundos de investimento que estão indo às compras. E também dos fundamentos, que tem a ver com o comportamento do clima e o atraso do plantio na América do Sul. No mercado interno brasileiro, a falta de soja disponível para as indústrias de esmagamento e o dólar valorizado frente ao real mantém a cotação da soja aquecida e acima de R$ 50/saca.
O roteiro da Expedição Safra pelo Corn Belt, o cinturão do milho-norte americano, ocorre entre os dias 26 e 31 de outubro pelos estados de Illinois, Iowa, Nebraska e Minnesota. Ao longo de uma semana, a equipe do projeto vai acompanhar de perto a reta final da colheita da supersafra com visitas a produtores, entidades de representação do setor agrícola dos EUA e estações de transbordo.
A equipe também discute o mercado internacional e a cotação das commodities. “Com os preços baixos, o produtor norte-americano está preferindo segurar o milho nos armazéns. A resistência em vender a safra favorece o mercado brasileiro que ainda está carregando estoque da última safrinha de milho”, destaca Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.
A soma desses fatores vem mantendo o volume de exportação mensal do Brasil para o mundo perto de 3 milhões de toneladas.
Luana Gomes e Giovani Ferreira, enviados especiais
A Expedição Safra acompanha nesta semana a fase final da colheita 2014/15 nos Estados Unidos. Apesar da chuva, que continua interrompendo os trabalhos no campo, os produtores norte-americanos conseguem, aos poucos, tirar o atraso na soja. O trabalho entra na reta final, e avança agora sobre a área de milho.
Conforme avaliação dos técnicos e jornalistas da Expedição Safra, mais de 80% da soja já foram retiradas das lavouras. No milho, mais de 40% da extensão ainda estão por ser colhidas. A depender da região produtora, o atraso é de até duas semanas em relação ao ano passado, o que aumenta a preocupação com o clima. Começa a ficar mais frio e possibilidade de geada e neve é cada vez maior. Há uma preocupação com a qualidade dos grãos.
Os Estados Unidos estão colhendo 33,75 milhões de hectares de soja e 33,63 milhões de hectares de milho. A oleaginosa tem potencial para 107 milhões de toneladas, enquanto a projeção é de 368 milhões de toneladas do cereal, a depender do ritmo de colheita e do comportamento do clima nas próximas semanas. Em 10 anos, em apenas duas ocasiões, a área colhida com soja é maior que a de milho. A inversão, segundo Luana Gomes, jornalista e analista de mercado da Expedição Safra que está nos EUA, se justifica no preço da soja na época da decisão de plantio, que estava mais atrativo do que a da milho.
Área e produção recorde nos Estados Unidos e a intenção recorde de plantio na América do Sul, liderada pelo Brasil, fazem a cotação da soja perder mais de 25% e do milho 23% em apenas um ano na Bolsa de Chicago. Para as duas commodities, é o menor preço em quatro anos. Depois de recuar a perto de US$ 9/bushel no início de outubro, a soja ganha terreno em Chicago e opera próximo dos US$ 10/bushel nesta última semana do mês. A reação é fruto da especulação e dos fundos de investimento que estão indo às compras. E também dos fundamentos, que tem a ver com o comportamento do clima e o atraso do plantio na América do Sul. No mercado interno brasileiro, a falta de soja disponível para as indústrias de esmagamento e o dólar valorizado frente ao real mantém a cotação da soja aquecida e acima de R$ 50/saca.
O roteiro da Expedição Safra pelo Corn Belt, o cinturão do milho-norte americano, ocorre entre os dias 26 e 31 de outubro pelos estados de Illinois, Iowa, Nebraska e Minnesota. Ao longo de uma semana, a equipe do projeto vai acompanhar de perto a reta final da colheita da supersafra com visitas a produtores, entidades de representação do setor agrícola dos EUA e estações de transbordo.
A equipe também discute o mercado internacional e a cotação das commodities. “Com os preços baixos, o produtor norte-americano está preferindo segurar o milho nos armazéns. A resistência em vender a safra favorece o mercado brasileiro que ainda está carregando estoque da última safrinha de milho”, destaca Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.
A soma desses fatores vem mantendo o volume de exportação mensal do Brasil para o mundo perto de 3 milhões de toneladas.
Fonte: Gazeta do Povo