Um estudo inédito da Embrapa Soja do Paraná fará o acompanhamento de quatro safras consecutivas de soja e com isso vai revelar como algumas práticas de produção poderão melhorar ou também piorar a qualidade do grão e da semente comercializada. Na safra 2014/2015, seis por cento da produção brasileira de grãos de soja teve algum tipo defeito, indicando que existe espaço para melhoria na qualidade da soja brasileira.
Conforme o pesquisador da Embrapa e coordenador do estudo, Irineu Lorini, a partir do momento que todos os aspectos estejam claros, será possível alcançar novos patamares de qualidade. O Pesquisador ainda ressalta que que a média de grãos avariados foi de 6%, e esse grupo soma os grãos mofados, ardidos, queimados, fermentados, imaturos, chochos, germinados e danificados por percevejo.
Apesar de estar dentro da exigência legal brasileira, cuja determinação é para que o armazenador tolere até 8%, há regiões que apresentaram amostras de até 30% de grãos avariados. “Esses casos representam prejuízo para o produtor, porque o armazenador pode descontar o percentual que estiver avariado, já que esse material tem baixa qualidade para a indústria”, avalia o cientista da Embrapa. “Temos condições de melhorar esse índice, beneficiando tanto produtor como a indústria”, afirma.
Outro ponto observado é a importância no investimento no Manejo Integrado de Pragas nas lavouras de soja, o índice de danos causados por percevejos nos grãos de soja são altos e as amostram variam de 25% a 35% de grãos danificados pela praga.
Fonte: Agrolink