A Embrapa Soja irá demonstrar, durante a feira Belasafra, que ocorre de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, em Cambé (PR), o portifólio de cultivares de soja para o Paraná e outras tecnologias desenvolvidas que favorecem o estabelecimento da cultura e maximizam os rendimentos do produtor. A partir da temática do evento, conectando informação à produtividade, a Embrapa Soja apresentará o Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES) e também informações sobre inoculação, coinoculação, o Manejo Integrado de Pragas (MIP-Soja).
DRES - Um dos destaques será a demonstração do DRES, método inovador de avaliação visual da estrutura superficial dos solos tropicais e subtropicais, lançado em 2017 pela Embrapa e pela Universidade Estadual de Londrina. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Henrique Debiasi, a estrutura do solo é componente essencial da fertilidade, porque influencia o comportamento físico, químico e biológico do solo, dando sustentação à produtividade agrícola.
Para o pesquisador, o DRES possibilita a técnicos e produtores rurais o reconhecimento dos efeitos dos diferentes sistemas de produção nas condições estruturais do solo. O método também auxilia no processo de tomada de decisão em relação às ações de correção ou melhoria da qualidade do manejo do solo de áreas agrícolas, com ênfase para aquelas cultivadas em sistema de plantio direto (SPD). “É importante destacar ainda que esta metodologia auxiliará na identificação dos manejos mais adequados para as diferentes situações e poderá ser empregada para identificar as práticas que melhor conservam o solo e a água”, destaca.
Debiasi explica que o DRES é um método de avaliação visual da estrutura do solo que leva em conta a qualidade da agregação do solo, a partir de amostras dos primeiros 25 cm. Nas amostras, são observados o tamanho e a forma dos agregados e torrões, presença ou não de compactação ou outra modalidade de degradação do solo, forma e orientação das fissurações, rugosidade das faces de ruptura, resistência à ruptura, distribuição e aspecto do sistema radicular, e evidências de atividade biológica. A partir desses critérios, atribui-se uma pontuação de 1 a 6, na qual ”6” é indicativo de melhor condição estrutural, e “1” representa o solo totalmente degradado.
De acordo com o pesquisador, a coleta de amostras deverá ser realizada em diferentes glebas da propriedade e subdivididas de acordo com histórico da área e o tipo de solo e de textura. “O processo é bem simples, porque o produtor, ao olhar para a amostra, já consegue identificar se o solo está degradado ou não”, explica Debiasi. “O DRES identifica os parâmetros mais importantes de diagnóstico e indica o melhor manejo a ser adotado para a propriedade”, diz Debiasi.
Fonte: Cultivar
Volte para a Listagem