A Embrapa marca mais uma vez presença na Agrobrasília, cujo tema este ano é Tecnologia para a Sustentabilidade. Técnicos e pesquisadores da Embrapa estão à disposição dos interessados no estande e na vitrine tecnológica para tirar dúvidas sobre as tecnologias desenvolvidas pela empresa.
A programação da Embrapa na feira prevê dias de campo, participação em eventos e lançamentos de tecnologias. Foi o que ocorreu na tarde desta terça-feira, 23, com o lançamento do aplicativo Mais Canola. A nova ferramenta desenvolvida pela Embrapa Agroenergia busca facilitar a gestão de dados de todo o ciclo de produção da oleaginosa, do plantio à colheita, levando para o produtor informações técnicas essenciais que poderão auxiliar no preparo da área, semeadura e monitoramento da planta.
“Seguindo essa tendência dos últimos anos de digitalização do agro temos trabalhado para incorporar novas ferramentas que permitam que as propriedades rurais, de forma ágil e conectada, tenham todos os dados necessários disponíveis. O app Mais Canola segue nesse sentido e foi desenvolvido para organizar as informações e, assim, facilitar a tomada de decisão dos produtores”, explicou o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso. O app pode ser baixado de forma gratuita tanto para sistema Android quanto para iOS.
Durante o lançamento do aplicativo, o pesquisador da Embrapa Agroenergia e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, Bruno Laviola, apresentou o que já foi desenvolvido pela pesquisa relacionado ao sistema de produção da canola para as condições do Cerrado. “A gente enxerga a canola com uma opção muito interessante de cultura para a safrinha e conseguimos desenvolvê-la para produzir com baixo índice pluviométrico. O produtor de soja pode utilizá-la para a rotação de cultura sem grandes investimentos”, ressalta.
Laviola relatou que a pesquisa com a canola segue no sentido de adaptar a planta para ser cultivada no Cerrado, com trabalhos tanto ligados ao melhoramento genético quanto ao seu sistema de produção. Para validar as pesquisas nas fazendas, a Embrapa Agroenergia conta com a parceria da Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp).
O presidente da cooperativa, Valter Nicoleti, participou do evento e ressaltou os resultados obtidos. “Estamos em fase de aprendizado já que a canola é uma cultura diferente das que costumamos plantar. Mas, já conseguimos rendimentos compatíveis com o custo. Acreditamos que a canola possa ser uma alternativa para os produtores e para a região centro-oeste no que diz respeito à produção de óleo”. Segundo ele, a ideia da cooperativa é expandir o projeto para mais agricultores. “Dessa forma, a gente passa a dominar cada vez mais o plantio e o manejo”.
Bioinsumos - durante o evento, foi assinado um acordo de cooperação entre a Embrapa e a empresa Carbom Brasil Fertilizantes. O projeto visa obter insumos biológicos (biofungicidas, a partir de fermentados de macrofungos) para o controle de fungos fitopatogênicos que acometem algumas culturas vegetais importantes para o agronegócio brasileiro tais como a soja e o feijão.
“Na Embrapa Agroenergia procuramos não somente desenvolver tecnologias para depois ofertar para os interessados. Fizemos a opção por cocriar, ou seja, criar em conjunto. Por isso, a gente busca de forma ativa parceiros que compartilham da nossa visão, da nossa ousadia, de pensar novas tecnologias que impactam o agro brasileiro”, afirmou o chefe-geral da Unidade.
Para o sócio diretor da Carbom Brasil Fertilizantes, Leandro Anversa, o projeto vem trazer uma tecnologia mais saudável e sustentável. “A parceria com a Embrapa é uma satisfação muito grande e estamos de portas abertas para desenvolver novos projetos. Precisamos deixar um planeta melhor para os nossos filhos”, afirmou.
Na quarta-feira (24), também foi lançada pela Embrapa Acre e Embrapa Cerrados a nova cultivar de amendoim forrageiro para o Cerrado - BRS Oquira. Rica em proteína e com alta produção de forragem, a tecnologia é alternativa para intensificar a produção de carne e leite e viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Acesse aqui mais informações.
No mesmo dia, foram lançadas cinco cultivares de pitaya geneticamente superiores: BRS Lua do Cerrado; BRS Luz do Cerrado; BRS Granada do Cerrado; BRS Minipitaya do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado. Essas são as primeiras cultivares de pitayas registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) após 25 anos de pesquisa. Elas chegam ao mercado para uniformizar e organizar a produção desse fruto que a cada dia conquista produtores e consumidores pelo país. No sábado (27), às 10h, haverá ainda o lançamento da publicação “Pitaya: 200 formas de utilização em receitas doces e salgadas”.
Fonte: Revista Cultivar.