A Embrapa e a Fundação Meridional lançaram nesta quinta-feira, 25, cinco cultivares de soja para o Brasil. Quatro delas são convencionais e uma é transgênica. Entre as características se destacam variedades tolerantes a percevejos, ferrugem asiática e glifosato, além de outras com característica que permitem a semeadura antecipada da soja. O evento também contou com palestras e explicações, confira no vídeo!
De acordo com o gerente executivo da Fundação Meridional, Ralf Udo Dengler, os lançamentos completam uma série de inovações tecnológicas da Embrapa.
“Temos muito orgulho de sermos parceiros fortes e atuantes neste trabalho há pelo menos 21 anos. Oferecendo aos produtores um portfólio completo de cultivares em todas as plataformas (convencional, RR e Intacta), com elevado rendimento (conceito TOP 5000), sanidade, estabilidade e adaptação às mais diferentes condições de solo e clima”, diz Dengler.
Confira abaixo:
BRS 523
É uma cultivar convencional que possui maior tolerância ao complexo de percevejos, por ter as características da Tecnologia Block®.
“Além desse diferencial, é altamente produtiva quando comparada às melhores opções de mercado e bastante estável, o que confere segurança de produção em diferentes situações. Inclusive, foi validada no sistema orgânico, com excelentes resultados”, diz o pesquisador da Embrapa Soja, Marcos Rafael Petek.
Este lançamento pertence ao grupo de maturidade 5.8, sendo assim uma opção para os produtores que precisam de uma cultivar precoce em seu sistema de produção. É indicada para o Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Com relação à reação a doenças, é resistente ao cancro da haste, à podridão radicular de phytophthora e ao mosaico comum da soja e moderadamente resistente à mancha “olho-de-rã” e ao Oídio.
BRS 537
Esta cultivar de soja convencional tem elevada capacidade de produção, associada à manutenção da estabilidade de produção. Por pertencer ao grupo de maturidade 6.0 é uma cultivar precoce, o que permite semeadura antecipada da soja.
“Esta característica é bastante desejável pelos produtores por viabilizar a semeadura do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul)”, destaca Petek.
Outro ponto forte deste lançamento é a excelente sanidade, já que é resistente ao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã”, ao oídio, à podridão radicular de phytophthora, ao mosaico comum da soja e moderadamente resistente à podridão parda da haste.
BRS 539
Esta cultivar convencional possui resistência à ferrugem asiática e tolerância ao percevejo. Esta é outra cultivar que pertence ao grupo de maturidade 6.1, classificada como precoce e permite semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar na macrorregião sojícola 2 ( Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e viabiliza a sucessão/rotação de culturas na macrorregião 1 (Paraná, Santa Catarina e São Paulo).
Além de ser resistente à ferrugem, é resistente às seguintes doenças: cancro da haste, mancha “olho-de-rã”, podridão parda da haste, podridão radicular de phytophthora e moderadamente resistente ao oídio e ao Nematoide de galha (meloidogyne javanica).
“É importante destacar que esta cultivar é do portfólio da tecnologia Shield de proteção à ferrugem e da Block®. Ainda destaca-se por seu alto potencial produtivo e manutenção de estabilidade de produção”, ressalta Petek.
BRS 573
É uma cultivar convencional, de grupo de maturidade 7.3, com alta performance produtiva em toda a região de indicação (macrorregião 3 de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul). A cultivar tem maior competitividade produtiva nas regiões abaixo de 800 metros da macrorregião 3.
Além disso, a cultivar permite semeadura antecipada, possibilitando ótimo encaixe com o sistema de milho safrinha. A cultivar apresenta excelente sanidade, sendo resistente ao cancro da haste e podridão radicular de phytophthora e moderadamente resistente à mancha olho de rã, oídio, podridão parda da haste.
BRS 1054 IPRO
Essa cultivar transgênica apresenta características genéticas para tolerância ao glifosato e controle de algumas espécies de lagartas, é ainda altamente produtiva comparada com as outras opções de mercado em altitudes acima de 700 m.
“Eu destacaria ainda duas características: a estabilidade de produção com precocidade (grupo de maturidade 5.4) além de permitir o plantio antecipado, mantendo o potencial produtivo e maximizando o sistema de sucessão/rotação de culturas”, bem como facilita o manejo da ferrugem da soja, conta Petek.
É indicada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com relação à sanidade, apresenta resistência ao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã”, à podridão radicular de phytophthora e ao mosaico comum da soja e é moderadamente resistente ao oídio e à podridão parda da haste.
Fonte: Canal Rural
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