16
jan
2015
Embrapa e Fundação Meridional realizam mais de 50 dias de campo de soja
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa irão realizar mais de 50 dias de campo sobre a cultura da soja no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás. A expectativa é reunir mais de 20 mil agricultores e técnicos da assistência técnica nos dias de campo.

Durante os eventos, destacam-se as características agronômicas das cultivares de soja da parceria Embrapa/Fundação Meridional, assim como outros aspectos de manejo relacionados à cultura. “É o momento em que a Embrapa e seus parceiros estão mais próximos dos agricultores para fazer a transferência das tecnologias geradas pela pesquisa”, avalia o pesquisador Luiz Carlos Miranda, da Embrapa Produtos e Mercados.

A pesquisadora Divania de Lima, da Embrapa Soja, reforça que os dias de campo são uma etapa importante do processo de transferência de tecnologias geradas pela Embrapa. “Além de posicionar as cultivares quanto a características agronômicas (melhor época e densidade de semeadura), os pesquisadores também tratam de temas como manejo de doenças, pragas e plantas daninhas, manejo da fertilidade e a importância da fixação biológica do nitrogênio”, explica.

Divania diz que com a introdução no mercado da soja Bt, na safra 2013/2014, os produtores vêm buscando mais informações sobre essa tecnologia. “Como vários agricultores estão cultivando a soja Bt, vamos apresentar informações sobre como utilizar essa nova tecnologia dentro do Manejo Integrado de Pragas para buscar maior eficiência”, explica Divania. Essa nova soja expressa características de uma toxina similar à da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) que controla algumas espécies de lagartas. Ao mesmo tempo em que a soja Bt controla algumas lagartas também pode haver, a longo prazo, a seleção de insetos resistentes. Por isso, entre as diversas medidas para reduzir a seleção de indivíduos resistentes, recomenda-se o plantio de área de refúgio.

Segundo os pesquisadores da Embrapa, o refúgio é o cultivo de uma percentagem da área (no mesmo talhão) com a mesma cultura não-Bt. O objetivo do refúgio é manter a população de insetos suscetíveis à toxina Bt para que haja o acasalamento com os indivíduos potencialmente resistentes - provenientes das áreas com plantas Bt - retardando, assim, a seleção de insetos resistentes à tecnologia

Nos dias de campo, a Embrapa vem disponibilizando os conhecimentos e compartilhando as inovações científicas, mas Miranda entende que esses eventos são uma oportunidade para promover também o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores e produtores. “Conseguimos obter um feedback importante e conhecer as ocorrências em relação ao manejo da cultura da soja que afetam a produção, trocar experiências e esclarecer dúvidas”, avalia Miranda.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

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