28
mai
2013
Embrapa alerta para manejo de lagarta
Ataques da Helicoverpa armigera vêm causando prejuízos em plantações de soja, milho e algodão
Técnicas de manejo utilizadas na Austrália podem ser utilizadas por produtores brasileiros no combate a lagarta Helicoverpa armigera. Ataques da praga vem causando prejuízos em plantações de soja, milho e algodão de vários Estados.
Em Mato Grosso, insetos foram encontradas em lavouras de milho nas regiões sul e sudeste. Porém, a presença foi considerada normal. O mesmo não ocorreu em outros regiões, como a Bahia, onde a incidência da lagarta foi altíssima e causou muitos prejuízos.
A identificação da espécie começou na safra de 2011/12 e só foi possível este ano, por meio de um trabalho conjunto entre a Fundação Mato Grosso, Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Embrapa. “Nós avaliamos a presença da lagarta, realizamos coleta, fizemos separações dos machos e fêmeas, investigamos as ações dela nas lavouras, mandamos amostras coletadas nos campos experimentais para um taxonomista, e por fim o trabalho em conjunto possibilitou a identificação da espécie”, detalhou a entomologista Lúcia Vivan.
Segundo ela, a espécie é muito agressiva, ataca folhas das plantas, vagens e consome os grãos. Na cultura do algodão se alimenta das folhas, flores e maças. “É uma praga com alta capacidade para adquirir resistência. Por isso é importante a união de todos, governo, entidades de classe, instituições de pesquisa, produtores e empresas, para a montagem de um plano de controle imediato”.
Vivan lembra que a espécie foi uma das responsáveis pela quebra na safra do algodão na Austrália por três vezes. Hoje, os produtores do país seguem a risca as medidas sanitárias de manejo conhecidas como Resitance Management Plan (RMP). Para conhecer melhor este projeto a Fundação MT enviou dois pesquisadores ao país.
Apesar das diferenças da agricultura nos dois países, acredita-se que é possível aproveitar as experiências para evitar o surgimento de populações de lagartas resistentes a inseticidas nas lavouras brasileiras e, principalmente, às tecnologias transgênicas disponíveis no mercado.
A entomologista lembra que, como convivem há mais de 10 anos com a Helicoverpa, conhecem o controle, os australianos podem auxiliar na montagem de um plano de manejo de controle da praga no Brasil. “Nossos pesquisadores também vão verificar sobre a adoção de tecnologias como uso de cultivares resistentes para combate desta lagarta e avaliar a aplicabilidade em nossas lavouras”.
O segundo passo, segundo Vivan, é organizar um workshop para discussão do tema passando por aspectos técnicos, manejo e controle, ameaça para Mato Grosso, e experiências da classe produtora e científica com a praga. Enquanto isso, ressalta ela, a classe produtora deve ficar atenta e tomar medidas preventivas.
Monitoramento da lavoura é uma das principais recomendações enquanto não há um protocolo de manejo para controle da Helicoverpa. “Mesmo que a incidência desta praga foi pequena em Mato Grosso, a precaução é a melhor saída para quem não quer ter dor de cabeça com esta praga. Melhor agir preventivamente antes do problema se instalar no estado”.
Outra recomendação dada pela pesquisadora é uso de um produto importado liberado recentemente pelo governo brasileiro e que já é adotado no controle da lagarta em países como os Estado Unidos, Japão, União Europeia e África.
Técnicas de manejo utilizadas na Austrália podem ser utilizadas por produtores brasileiros no combate a lagarta Helicoverpa armigera. Ataques da praga vem causando prejuízos em plantações de soja, milho e algodão de vários Estados.
Em Mato Grosso, insetos foram encontradas em lavouras de milho nas regiões sul e sudeste. Porém, a presença foi considerada normal. O mesmo não ocorreu em outros regiões, como a Bahia, onde a incidência da lagarta foi altíssima e causou muitos prejuízos.
A identificação da espécie começou na safra de 2011/12 e só foi possível este ano, por meio de um trabalho conjunto entre a Fundação Mato Grosso, Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Embrapa. “Nós avaliamos a presença da lagarta, realizamos coleta, fizemos separações dos machos e fêmeas, investigamos as ações dela nas lavouras, mandamos amostras coletadas nos campos experimentais para um taxonomista, e por fim o trabalho em conjunto possibilitou a identificação da espécie”, detalhou a entomologista Lúcia Vivan.
Segundo ela, a espécie é muito agressiva, ataca folhas das plantas, vagens e consome os grãos. Na cultura do algodão se alimenta das folhas, flores e maças. “É uma praga com alta capacidade para adquirir resistência. Por isso é importante a união de todos, governo, entidades de classe, instituições de pesquisa, produtores e empresas, para a montagem de um plano de controle imediato”.
Vivan lembra que a espécie foi uma das responsáveis pela quebra na safra do algodão na Austrália por três vezes. Hoje, os produtores do país seguem a risca as medidas sanitárias de manejo conhecidas como Resitance Management Plan (RMP). Para conhecer melhor este projeto a Fundação MT enviou dois pesquisadores ao país.
Apesar das diferenças da agricultura nos dois países, acredita-se que é possível aproveitar as experiências para evitar o surgimento de populações de lagartas resistentes a inseticidas nas lavouras brasileiras e, principalmente, às tecnologias transgênicas disponíveis no mercado.
A entomologista lembra que, como convivem há mais de 10 anos com a Helicoverpa, conhecem o controle, os australianos podem auxiliar na montagem de um plano de manejo de controle da praga no Brasil. “Nossos pesquisadores também vão verificar sobre a adoção de tecnologias como uso de cultivares resistentes para combate desta lagarta e avaliar a aplicabilidade em nossas lavouras”.
O segundo passo, segundo Vivan, é organizar um workshop para discussão do tema passando por aspectos técnicos, manejo e controle, ameaça para Mato Grosso, e experiências da classe produtora e científica com a praga. Enquanto isso, ressalta ela, a classe produtora deve ficar atenta e tomar medidas preventivas.
Monitoramento da lavoura é uma das principais recomendações enquanto não há um protocolo de manejo para controle da Helicoverpa. “Mesmo que a incidência desta praga foi pequena em Mato Grosso, a precaução é a melhor saída para quem não quer ter dor de cabeça com esta praga. Melhor agir preventivamente antes do problema se instalar no estado”.
Outra recomendação dada pela pesquisadora é uso de um produto importado liberado recentemente pelo governo brasileiro e que já é adotado no controle da lagarta em países como os Estado Unidos, Japão, União Europeia e África.
Fonte: Gazeta Digital