13
mai
2021
Em abril, IBGE prevê safra de 264,5 milhões de toneladas para 2021

A estimativa de abril para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2021 continua recorde: 264,5 milhões de toneladas, 4,1% acima (10,3 milhões de toneladas) da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas), mas com um declínio de 0,2% (-409,9 mil toneladas) em relação à estimativa anterior (264,9 milhões de toneladas). A área a ser colhida é de 67,9 milhões de hectares, sendo 3,7% (2,4 milhões de hectares) maior que a de 2020 e 0,2% (135,5 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior.

Estimativa de ABRIL para 2021

264,5 milhões de toneladas

Variação ABRIL 2021/MARÇO 2021

(-0,2%) – 409,9 mil toneladas

Variação safra 2021/ safra 2020

(4,1%) 10,3 milhões de toneladas

Fonte: IBGE 

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Frente a 2020, houve acréscimos de 5,9% na área do milho (2,6% na primeira safra e 7,1% na segunda); de 4,1% na da soja e de 0,1% na do arroz.

Por outro lado, houve declínios de 12,0% na área do algodão e de 0,1% na do arroz.

Espera-se recorde na produção de soja (131,9 milhões de toneladas), com alta de 8,6% na comparação com 2020. A produção do arroz foi estimada em 11,1 milhões de toneladas, com alta de 0,3%. Houve declínio de 0,7% na produção de milho (queda de 3,1 % na primeira safra e alta de 0,1% na segunda), totalizando 102,5 milhões de toneladas. A estimativa de produção de algodão herbáceo também teve queda (-16,8%), totalizando 5,9 milhões de toneladas.

 

informação de abril para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2021 alcançou 264,5 milhões de toneladas e uma área colhida de 67,9 milhões de hectares. Em relação a 2020, a área a ser colhida cresceu 3,7% (2,4 milhões de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 135,5 mil hectares (0,2%).

As regiões Sul (11,7%), Sudeste (6,0%), Norte (1,3%) e Nordeste (4,1%) tiveram acréscimos em suas estimativas. O Sul deve produzir 81,6 milhões de toneladas (30,9% do total do país), o Sudeste, 27,3 milhões de toneladas (10,3% do total), o Nordeste, 23,5 milhões (8,9% do total) e o Norte, 11,1 milhões (4,2% do total). Já o Centro-Oeste teve queda de 0,7% em sua estimativa e deve produzir 120,9 milhões de toneladas em 2021(45,7%) do total do país.

Entre as unidades da Federação, o Mato Grosso lidera, com uma participação de 27,2%, seguido pelo Paraná (15,3%), Rio Grande do Sul (13,4%), Goiás (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representaram 80,4% do total nacional. As altas frente ao mês anterior ocorreram em São Paulo (623,6 mil toneladas), Goiás (237,9 mil toneladas), Ceará (116,4 mil toneladas), Bahia (51,2 mil toneladas), Pernambuco (17,4 mil toneladas), Acre (8,8 mil toneladas), Minas Gerais (5,5 mil toneladas), Alagoas (3,1 mil toneladas), Espírito Santo (621 toneladas) e Rio de Janeiro (11 toneladas). Já as quedas ocorreram no Paraná (-1,4 milhão de toneladas), Piauí (-13,2 mil toneladas), Amapá (-13,1 mil toneladas), Maranhão (-1,6 mil toneladas) e Rio Grande do Norte (- 1,6 mil toneladas).

Destaques na estimativa de abril de 2021 em relação à de março

Em abril, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação a março: batata-inglesa 3ª safra (23,1% ou 153,0 mil toneladas), da batata-inglesa 1ª safra (3,9% ou 70,4 mil toneladas), do feijão 1ª safra (2,2% ou 27,8 mil toneladas), do milho 1ª safra (1,3% ou 339,0 mil toneladas), do trigo (1,2% ou 84,0 mil toneladas), da cevada (0,8% ou 3,4 mil toneladas), do café canephora (0,4% ou 4,1 mil toneladas), da soja (0,1% ou 97,0 mil toneladas).

Por outro lado, são esperados declínios na produção do feijão 2ª safra (-8,2% ou 98,7 mil toneladas), da laranja (-8,1% ou 1,3 milhão de toneladas), da cana-de-açúcar (-2,1% ou 14,0 milhões de toneladas), da batata 2ª safra (-1,3% ou 16,0 mil toneladas), da aveia (-1,2% ou 12,1 mil toneladas), do milho 2ª safra (-1,1% ou 875,5 mil toneladas), do café arábica (-1,0% ou 20,0 mil toneladas) e do feijão 3ª safra (-0,0% ou 100 toneladas).

Café (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café para 2021, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, foi de 2,8 milhões de toneladas, declínios de 0,6% em relação ao mês anterior e de 24,3% em relação ao ano anterior. O rendimento médio (1 574 kg/há) caiu 0,3% em relação ao mês anterior e 20,0% no comparativo anual. A área plantada apresenta declínio de 5,1% e a área a ser colhida, 5,3%.

Para o café arábica, a produção estimada foi de 1,9 milhão de toneladas, ou 31,8 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 1,0% em relação ao mês anterior e de 33,2% em relação ao ano anterior. Em 2020, a safra brasileira de café arábica foi de bienalidade positiva, sendo a maior produção colhida pelo País e recorde da série histórica do IBGE. Em 2021, a safra de arábica será de bienalidade negativa, o que deve resultar em uma retração expressiva da produção. Além disso, o clima quente e seco, na maior parte de 2020, principalmente, quando as flores estavam abrindo, no segundo semestre, pode ter limitado o desenvolvimento das lavouras, resultando em frutos menos pesados.

Já para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 911,8 mil toneladas, ou 15,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior e aumento de 5,4% em relação a 2020. O rendimento médio, de 2 310 kg/ha, apresenta crescimento de 4,6% nesse último comparativo. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro (68,1% da produção total em 2021), a estimativa encontra-se em 621,2 mil toneladas ou 10,4 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 0,7% em 11 relação ao mês anterior. Frente a 2020, houve crescimento de 10,5% na estimativa da produção.

Cana-de-açúcar – A estimativa da produção brasileira foi de 654,7 milhões de toneladas, uma redução de 2,1% em relação ao mês anterior. O rendimento médio dos canaviais apresentou decréscimo de 1,2%, alcançando 74 230 kg/ha na média nacional. Em relação a 2020, a estimativa de produção também apresentou redução de 3,4%, com queda de 1,6% na área destinada à colheita e de 1,9% no rendimento médio. O clima seco do ano passado e no verão deste ano, prejudicou o desenvolvimento dos canaviais.

Cereais de inverno (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 18,3% em relação ao ano anterior, com o rendimento médio devendo aumentar 17,2%.

A região Sul deve responder por 88,7% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor de trigo, com participação de 51,7% no total nacional, a produção foi estimada em 3,8 milhões de toneladas, crescimento de 21,8% no ano. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, com participação de 35,0% do total nacional, deve produzir 2,6 milhões de toneladas, crescimento de 22,1% em relação ao ano anterior.

A estimativa da produção da aveia foi de 982,8 mil toneladas, crescimento de 6,2% em relação ao ano anterior. O clima adverso também comprometeu as produções de aveia no Rio Grande do Sul e no Paraná em 2020. Esses estados são os maiores produtores brasileiros do cereal, com estimativas de 740,5 mil toneladas e 174,6 mil toneladas, respectivamente. Em Santa Catarina, a estimativa da produção encontra-se em 32,6 mil toneladas, aumento de 31,6% em relação ao ano anterior. A região Sul concentra 96,4% da produção brasileira do cereal.

Para a cevada, a produção estimada é de 431,8 mil toneladas, aumento de 0,8% em relação ao mês anterior, e crescimento de 14,0% em relação ao ano anterior. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 307,0 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 111,1 mil toneladas, cujas produções somadas representam 96,8% do total nacional. As produções paulista e catarinense foram estimadas em 12,7 mil toneladas e 1,0 mil toneladas, respectivamente.

Feijão (em grão) – A quarta estimativa da produção total nacional de feijão para 2021 foi de 3,0 milhões de toneladas. Essa estimativa de produção é 2,3% menor que a de março. A área a ser colhida foi reduzida em 0,5% e o rendimento médio diminuiu em 1,8%. Nesta avaliação, as unidades da Federação com maior participação na estimativa de produção foram Paraná (22,1%), Minas Gerais (18,9%) e Goiás (10,8%). Com relação à variação anual, a estimativa para a área a ser colhida e para a produção aumentaram em 2,7% e 2,4% respectivamente e a estimativa para o rendimento médio foi reduzida em 0,4%.

Na 1ª safra, estimada em 1,3 milhão de toneladas, houve aumento de 2,2% frente a março; o rendimento médio também foi estimado 3,3% maior, enquanto a área plantada declinou em 1,9%. Destaque negativo para o Rio Grande do Norte, com uma diminuição de 11,3%. Houve aumento nas estimativas de produção do Ceará (19,4%) e Pernambuco (60,2%), acompanhando as estimativas de aumento no rendimento médio, que foram de 21,4% e 39,1% respectivamente. A 1ª safra do produto participa com 43,3% da produção total de feijão em grão. Em relação a 2020, houve reduções de 2,2% na estimativa da produção, de 1,9% na estimativa do rendimento médio e de 0,3% para a área a ser colhida. Os destaques positivos foram: Piauí (12,3%), Ceará (12,9%), Paraíba (37,4%), Pernambuco (19,2%), São Paulo (8,6%), Minas Gerais (6,6%) e Goiás (13,3%). Os destaques negativos foram registrados no Rio Grande do Norte (-21,5%), Bahia (-24,2%), Paraná (-18,8%) e Distrito Federal (-29,6%).

Já a 2ª safra foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, um recuo de 8,2% frente a março, havendo pequeno aumento de 0,1% na previsão da área a ser colhida e redução de 8,2% na estimativa do rendimento médio. Destaque positivo para o Ceará, com aumento de 8,2% em sua estimativa de produção. Destaques negativos para o Paraná (-19,8%) e Goiás (-3,7%). Essa segunda safra representa 37,6% do total de feijão produzido no país.

A estimativa dessa safra indica aumento de 10,4% em relação a 2020. Para o rendimento médio está previsto aumento de 2,0% e, para a área a ser colhida, crescimento de 8,2%. Destaques negativos para o Distrito Federal (-74,4%) e a Bahia (-37,6%). Destaques positivos para Tocantins (32,4%), Paraíba (47,3%), Pernambuco (32,2%), Alagoas (101,4%), Paraná (46,7%) e Rio Grande do Sul (42,7%). As maiores estimativas de produção, para esta safra foram dos estados do Paraná (35,4%), Minas Gerais (15,3%) e Mato Grosso (10,5%).

Para a 3ª safra, a estimativa foi de 563 mil toneladas, diminuição de 100 toneladas, frente à previsão de março. A área a ser colhida recuou em 100 hectares. A maioria das unidades da Federação produtoras manteve as estimativas do último levantamento, sendo essa pequena diferença causada pelos números do Paraná (4,5%). Em relação ao ano anterior, a avaliação da produção sofreu redução de 1,3%; a área a ser colhida declinou em 0,4% e o rendimento médio caiu 0,9%. Destaques negativos para Minas Gerais (-3,2%) e Mato Grosso (-10,8%). Destaques positivos para São Paulo (4,4%) e Goiás (6,5%).

Milho (em grão) – Com uma área a ser colhida de 19,3 milhões de hectares e um rendimento médio de 5 301 kg/ha, em relação à última informação mensal, a estimativa da produção declinou 0,5%, totalizando 102,5 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção deve ser 0,7% menor, embora haja aumentos de 5,6% na área plantada e de 5,9% na área a ser colhida. O rendimento médio apresenta um declínio de 6,2%.

Na 1ª safra, a produção estimada foi de 25,8 milhões de toneladas, crescimento de 1,3% em relação ao mês anterior, ou o equivalente a 339,0 mil toneladas. Houve aumento nas estimativas de produção do Ceará (19,2% ou 90,2 mil toneladas), do Paraná (1,5% ou 47,3 mil toneladas) e em São Paulo (13,4% ou 254,9 mil toneladas). Declínios nas estimativas de produção foram verificados em Pernambuco (-12,8% ou 9,5 mil toneladas), Piauí (-1,7% ou 32,7 mil toneladas) e Goiás (-0,9% ou 14,1 mil toneladas).

Quanto à variação anual, a estimativa da produção encontra-se 3,1% menor que em 2020. Ao todo, o País aguarda colher 25,8 milhões de toneladas. Embora a área plantada esteja crescendo 1,8%, o rendimento médio declinou 5,6%. Houve aumentos nas produções de Minas Gerais (1,6%), Rio Grande do Sul (5,2%), Bahia (2,8%), Maranhão (8,8%), Pará (4,3%), Mato Grosso (4,3%) e Mato Grosso do Sul (10,3%) e declínios no Paraná (-12,5%), em Santa Catarina (-18,5%), no Piauí (-5,7%), em São Paulo (-0,8%), em Goiás (-0,1%), no Ceará (-11,8%), no Tocantins (-11,9%) e no Distrito Federal (-21,3%).

Para a 2ª safra, a estimativa da produção foi de 76,7 milhões de toneladas, declínio de 1,1% em relação ao mês anterior ou 875,5 mil toneladas a menos. No Paraná, a estimativa da produção foi revista com declínio de 8,6% ou 1,2 milhão de toneladas. O LSPA aponta que houve aumentos nas estimativas de produção no Acre (47,3% ou 7,2 mil toneladas), no Piauí (26,7% ou 104,3 mil toneladas), em Pernambuco (39,1% ou 15,0 mil toneladas), em Alagoas (5,1% ou 3,4 mil toneladas) e em São Paulo (6,2% ou 149,2 mil toneladas). Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção do milho 2ª safra encontra-se 0,1% maior, bem como a área plantada, que aumentou 7,0%.

Soja (em grão) – A estimativa da produção da soja foi de 131,9 milhões de toneladas, aumento de 0,1% em relação ao mês anterior. A área plantada, de 38,6 milhões de hectares, encontra-se 0,1 % menor. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 8,6 % maior, o equivalente a 10,4 milhões de toneladas.

Em abril, destacam-se as altas de 2,0% em Goiás, 4,9% em São Paulo e 8,8% no Acre. Os declínios mais significativos foram no Paraná (-1,5%), associado a menor produtividade das lavouras que foram impactadas pela estiagem no início do plantio e por chuvas excessivas na colheita, e no Piauí (3,0%), em decorrência dos ajustes negativos de 2,1% na área plantada e de 0,9% no rendimento médio. No Paraná, a produção é 4,7% inferior à safra de 2020, enquanto que, no Piauí, mesmo com redução mensal, ainda é 12,2% acima da safra anterior.

Ainda em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 8,6% maior, o equivalente a 10,4 milhões de toneladas. A área plantada aumentou 4,1%, o equivalente a 1,5 milhão de hectares, a produtividade também deve crescer 4,4%, o que representa um aumento de 2,4 sacas de 60 kg por hectare.

A safra gaúcha que está crescendo 74,0%. Em 2020 o estado foi afetado por uma seca severa na qual conseguiu colher em média apenas 1 895 kg/ha, contra 3 226 kg/ha este ano. Entretanto, alguns estados importantes apresentam queda no rendimento médio das lavouras devido às questões climáticas, sendo o caso do Mato Grosso (-3,6%), Paraná (-6,5%) e Goiás (-2,1%). Na região do MATOPIBA, apenas o Tocantins apresenta redução na produção (-6,3%), enquanto são esperados aumentos no Piauí (12,2%), Bahia (8,4%) e Maranhão (3,7%), refletindo o crescimento da área plantada, impulsionados pelos preços da commodity.

Fonte: Mais Soja

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