Essa neutralidade deve continuar. Porém, centros da Austrália e dos Estados Unidos indicam a probabilidade de um El Niño para o trimestre entre julho e setembro deste ano. Os modelos estudados por esses centros indicam que as temperaturas estão muito perto do limite - ou seja, se estiverem um pouco abaixo, não caracterizariam o fenômeno. As probabilidades são de 43% para um período neutro e de 48% para o El Niño.
Tedeschi aponta que "temos que acompanhar a evolução desse fenômeno para ter certeza ou não", lembrando também que o La Niña não trouxe nenhum impacto de grande escala para o clima brasileiro. No Sul do Brasil, as chuvas foram acima da média histórica, o contrário do que ocorreria sob influência do fenômeno.
Caso o El Niño ocorra de média forte intensidade, deve haver um aumento de chuvas na Região Sul e uma diminuição no Norte e no Nordeste. As regiões Centro-Oeste e Sudeste, por sua vez, são de baixa previsibilidade. Se o fenômeno for de fraca intensidade, poderá haver uma grande variabilidade nos quadros observados.
Confirmado o fenômeno, os produtores deverão ter atenção aos seus cultivos de acordo com a situação da região. No Sul e no Norte, atenção para as culturas que sofrem com grande quantidade ou falta de chuva. No Nordeste, caso o El Niño ocorra, a situação de estiagem poderia se agravar.
Fonte: Notícias Agrícolas
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