15
jul
2014
E vem mais soja por aí
Parece notícia repetida, mas até por isso merece atenção: “Relatório do Usda derruba preços da soja em Chicago...” Os números que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos vêm mostrando confirmam, semana após semana, que o país deve ter uma safra arrebatadora. Se o clima continuar ajudando, serão mais de 100 milhões de toneladas de soja, um volume que não estava previsto. E, para completar a cartada, o país espera acima de 350 milhões de toneladas de milho.
Mas o que isso significa para o Brasil? Será que uma safra gigante nos EUA tira o agronegócio brasileiro de seu curso de expansão? A resposta rápida é “não”, mas obviamente não passaremos ilesos. E o setor deverá sim se alinhar ao novo cenário.
As razões que levam os produtores norte-americanos a apostar na soja são bem conhecidas na América do Sul. A oleaginosa vem oferecendo rentabilidade maior que a do milho. Apesar de o cereal ter bem mais peso no mercado norte-americano, não está livre de uma redução nas margens de lucro automática logo após a elevação dos estoques.
O que não se esperava é que os Estados Unidos fossem reajustar tanto sua previsão de colheita. No último mês, foram acrescentados 4,5 milhões de toneladas de soja. E ninguém sabe onde isso vai parar.
Mas por que o Brasil ou a América do Sul reagiria diferente da América do Norte? Por que os agronegócio brasileiro tomaria uma posição tímida ou amedrontada diante dos preços em queda? O produtor sabe que, se o milho vai mal nos EUA, tende a ir pior no Brasil, mas na soja é diferente. Somos mais competitivos.
O que o agronegócio sul-americano tem mostrado definitivamente é coragem. Apostas cada vez maiores num mercado de consumo crescente predominam safra após safra. É como se EUA e América do Sul se desafiassem todos os anos em termos de volume de produção de soja.
Esse movimento é contínuo no Brasil, embora a rentabilidade das commodities determine o ritmo da expansão. A soja valorizada estimulou o país a ampliar sua área cultivada com grãos em 2013/14. Caíram milho, arroz, aveia, canola... E cresceram soja, feijão e algodão. O incremento foi de 6%, o maior em dez anos, considerando 15 grãos. O agronegócio tem agora 56 milhões de hectares para distribuir entre essas culturas no verão e no inverno. O incremento na soja, que sozinha ocupou 30 milhões de hectares, foi de 8,6%, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento.
E o Brasil mostra-se disposto a continuar ampliando essas lavouras. O índice de 2014/15 deve ficar abaixo de 6%, mas dificilmente será negativo. Essa certeza vem dos números da última década. Se tem um país capaz de bater os Estados Unidos na produção e na exportação de soja, esse país é o Brasil.
Mas o que isso significa para o Brasil? Será que uma safra gigante nos EUA tira o agronegócio brasileiro de seu curso de expansão? A resposta rápida é “não”, mas obviamente não passaremos ilesos. E o setor deverá sim se alinhar ao novo cenário.
As razões que levam os produtores norte-americanos a apostar na soja são bem conhecidas na América do Sul. A oleaginosa vem oferecendo rentabilidade maior que a do milho. Apesar de o cereal ter bem mais peso no mercado norte-americano, não está livre de uma redução nas margens de lucro automática logo após a elevação dos estoques.
O que não se esperava é que os Estados Unidos fossem reajustar tanto sua previsão de colheita. No último mês, foram acrescentados 4,5 milhões de toneladas de soja. E ninguém sabe onde isso vai parar.
Mas por que o Brasil ou a América do Sul reagiria diferente da América do Norte? Por que os agronegócio brasileiro tomaria uma posição tímida ou amedrontada diante dos preços em queda? O produtor sabe que, se o milho vai mal nos EUA, tende a ir pior no Brasil, mas na soja é diferente. Somos mais competitivos.
O que o agronegócio sul-americano tem mostrado definitivamente é coragem. Apostas cada vez maiores num mercado de consumo crescente predominam safra após safra. É como se EUA e América do Sul se desafiassem todos os anos em termos de volume de produção de soja.
Esse movimento é contínuo no Brasil, embora a rentabilidade das commodities determine o ritmo da expansão. A soja valorizada estimulou o país a ampliar sua área cultivada com grãos em 2013/14. Caíram milho, arroz, aveia, canola... E cresceram soja, feijão e algodão. O incremento foi de 6%, o maior em dez anos, considerando 15 grãos. O agronegócio tem agora 56 milhões de hectares para distribuir entre essas culturas no verão e no inverno. O incremento na soja, que sozinha ocupou 30 milhões de hectares, foi de 8,6%, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento.
E o Brasil mostra-se disposto a continuar ampliando essas lavouras. O índice de 2014/15 deve ficar abaixo de 6%, mas dificilmente será negativo. Essa certeza vem dos números da última década. Se tem um país capaz de bater os Estados Unidos na produção e na exportação de soja, esse país é o Brasil.
Fonte: Gazeta do Povo Online