De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, a disponibilidade de trigo no Mercosul para a temporada 2016/17 deve recuar em três milhões de toneladas. “Isto não é pouco, mas, em nossa opinião, não deverá afetar o abastecimento do Brasil pela Argentina, nem alterar a nossa convicção de que as importações serão zero de fora do Mercosul”, analisa.
“Tudo isto porque a Bolsa de Cereales de Buenos Aires reduziu a área plantada naquele País em mais 100 mil hectares que, diante de uma estimativa mínima de produtividade de 3.000 kg/ha, podem significar uma redução de 3,0 milhões de toneladas no potencial produtivo do país e do Mercosul”, comenta o analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco.
Nas demais regiões do Bloco a safra apresenta-se de boa a excelente, de acordo com os relatórios regulares que temos recebido e contato que temos mantido nas várias regiões. O Paraguai apresenta bom/excelente desenvolvimento do trigo, mas potencial produtivo cai para 1,05 MT por área menor. A Argentina reduziu em mais 100 mil hectares a área da safra 2016/17 para 4,3 Mha e potencial produtivo para 13,5MT.
O Paraná apresenta atraso no desenvolvimento do trigo, devendo retardar em duas semanas a colheita, mas a condição é boa. Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentam bom desenvolvimento das lavouras, até o momento. Minas Gerais retoma o plantio e deve obter os mesmos volumes da safra passada.