Um relatório publicado na revista Nature Cientifc Reports mostrou que cientistas de diversos países descobriram áreas do genoma do trigo em que a concentração de zinco é muito alta. De acordo com Velu Govindan, pesquisador Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo do México (CIMMYT) e principal autor do relatório, a descoberta será muito importante para a criação de novas espécies do cereal.
“Uma colaboração entre centros de pesquisa na Índia, Austrália, EUA e México, este trabalho irá acelerar a criação de uma maior quantidade de zinco através do uso de regiões do genoma 'hotspot' e marcadores moleculares. Também promove os esforços para tornar a seleção de zinco de grãos uma característica padrão do melhoramento de trigo do CIMMYT”, comenta.
Analisando as concentrações de zinco no grão de 330 linhas de trigo em diversos ambientes na Índia e no México, os pesquisadores descobriram 39 novos marcadores moleculares associados ao traço. Além disso, identificaram também dois segmentos do genoma do trigo que carregam importantes genes para absorção, translocação e armazenamento de zinco.
Nesse cenário, a pesquisa se torna ainda mais importante na medida em que, atualmente, mais de 17% dos seres humanos, em grande parte na África e na Ásia, carecem de zinco em sua alimentação, um fator responsável pela morte de mais de 400.000 crianças pequenas a cada ano. Segundo Govidan, o desenvolvimento de novas pesquisas a partir dessa pode ser fundamental para a garantia da segurança alimentar no futuro.
“Como as variedades derivadas da criação do CIMMYT são cultivadas em quase metade das terras de trigo do mundo, a integração do zinco nos programas de melhoramento poderia melhorar a nutrição de micronutrientes de milhões”, finaliza.
Fonte: Agrolink.
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