05
ago
2014
Desafios para o trigo brasileiro orientam debates no RS
A safra de trigo no mundo em 2013 foi a maior da história, 8,2% superior à safra anterior. O mesmo resultado refletiu nas lavouras do Brasil, onde o aumento da produção chegou a 32,4%. A demanda em alta e os bons preços obtidos no ano passado estimularam o plantio do cereal no país, com previsão de novo crescimento no Brasil com área até 18% maior em 2014. Conquistar representatividade no mercado mundial ainda é um desafio para o trigo brasileiro. Este é o tema do 9º Seminário Técnico do Trigo que acontece junto com a 8ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, de 5 a 7 de agosto, em Canela, RS.
A demanda de trigo no Brasil gira em torno de 10 a 11 milhões de toneladas, sendo que a maior proporção do cereal é destinado à panificação. Entretanto, a produção nacional dificilmente passa os cinco milhões de toneladas, devido a área reduzida de semeadura perante as potencialidades agrícolas do país. Nos últimos quatro anos, a área ficou muito próxima dos dois milhões de hectares, suficiente para atender somente metade do consumo brasileiro de trigo.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo Eduardo Caierão, o crescimento da área de trigo no Brasil não é um crescimento linear e estável, muito pelo contrário: “O incremento e a redução na área semeada com o cereal, ano após ano, resulta, principalmente, de um efeito imediatista de como foi a safra passada, ao invés de bases sólidas para a ampliação do cultivo”, afirma o pesquisador, destacando fatores que influenciam o produtor como preço, frustrações climáticas e novidades tecnológicas, entre outros. Apesar disso, para a grande maioria dos produtores de trigo, o cereal tem importância significativa no sistema de rotação de culturas e encaixe no sistema trigo/soja para sustentabilidade das propriedades rurais.
De acordo com o Chefe-Geral da Embrapa Trigo, Sergio Dotto, “talvez o trigo ainda seja um dos raros segmentos da agricultura mundial em que o Brasil não tenha representatividade internacional mesmo com a rica e vasta disponibilidade de recursos naturais e competência técnica, a exemplo da soja, do café, do açúcar, da laranja, das carnes, etc. Contudo, essa excelência pode ser obtida pela manutenção e ampliação dos esforços da pesquisa com o setor produtivo brasileiro”.
Os dados da CONAB (julho/2014) apontam para uma área semeada de 2,63 milhões de ha (?18,9% em relação ao ciclo anterior) com produção de 7,40 milhões de t (?33,8%) e uma necessidade de importação ao redor de 5,5 milhões de t (?14,0%). Porém, o excesso de umidade dos solos, com as intensas chuvas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem reduzir a expectativa de área e a indicação de ocorrência do fenômeno El Niño, poderá afetar a colheita do trigo, reduzindo a produção. Todas estas projeções devem ser alvo de observação dos participantes do Seminário (dia 05/08) e da Reunião de Pesquisa (06 e 07/08). Durante o evento, acontece ainda a 44ª Reunião da Câmara Setorial dos Cereais de Inverno do MAPA, que reúne lideranças públicas e privadas na definição de políticas para o setor.
A demanda de trigo no Brasil gira em torno de 10 a 11 milhões de toneladas, sendo que a maior proporção do cereal é destinado à panificação. Entretanto, a produção nacional dificilmente passa os cinco milhões de toneladas, devido a área reduzida de semeadura perante as potencialidades agrícolas do país. Nos últimos quatro anos, a área ficou muito próxima dos dois milhões de hectares, suficiente para atender somente metade do consumo brasileiro de trigo.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo Eduardo Caierão, o crescimento da área de trigo no Brasil não é um crescimento linear e estável, muito pelo contrário: “O incremento e a redução na área semeada com o cereal, ano após ano, resulta, principalmente, de um efeito imediatista de como foi a safra passada, ao invés de bases sólidas para a ampliação do cultivo”, afirma o pesquisador, destacando fatores que influenciam o produtor como preço, frustrações climáticas e novidades tecnológicas, entre outros. Apesar disso, para a grande maioria dos produtores de trigo, o cereal tem importância significativa no sistema de rotação de culturas e encaixe no sistema trigo/soja para sustentabilidade das propriedades rurais.
De acordo com o Chefe-Geral da Embrapa Trigo, Sergio Dotto, “talvez o trigo ainda seja um dos raros segmentos da agricultura mundial em que o Brasil não tenha representatividade internacional mesmo com a rica e vasta disponibilidade de recursos naturais e competência técnica, a exemplo da soja, do café, do açúcar, da laranja, das carnes, etc. Contudo, essa excelência pode ser obtida pela manutenção e ampliação dos esforços da pesquisa com o setor produtivo brasileiro”.
Os dados da CONAB (julho/2014) apontam para uma área semeada de 2,63 milhões de ha (?18,9% em relação ao ciclo anterior) com produção de 7,40 milhões de t (?33,8%) e uma necessidade de importação ao redor de 5,5 milhões de t (?14,0%). Porém, o excesso de umidade dos solos, com as intensas chuvas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem reduzir a expectativa de área e a indicação de ocorrência do fenômeno El Niño, poderá afetar a colheita do trigo, reduzindo a produção. Todas estas projeções devem ser alvo de observação dos participantes do Seminário (dia 05/08) e da Reunião de Pesquisa (06 e 07/08). Durante o evento, acontece ainda a 44ª Reunião da Câmara Setorial dos Cereais de Inverno do MAPA, que reúne lideranças públicas e privadas na definição de políticas para o setor.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria