18
jan
2011
Demanda por soja se volta para o Brasil

 

 
A indefinição de plantio nos Estados Unidos e a histórica preferência do produtor norte-americano pelo milho podem render frutos ao Brasil. Segundo os analistas norte-americanos Ron e Sue Mortensen, que são referência para o mercado internacional de commodities agrícolas, diante de uma frustração de safra que parece já estar confirmada na Argentina, os brasileiros serão os principais fornecedores de soja para o mundo durante a entressafra do Hemisfério Norte.

“Ainda assim, será difícil ter um fornecimento adequado no ano que vem, principalmente no caso da soja. Pesquisas de intenção de plantio têm mostrado que o agricultor norte-americano deve dar preferência ao milho em 2011/12. Então, das duas uma: ou precisaremos racionar o consumo nos próximos dois anos ou a América do Sul terá que plantar mais soja na próxima safra”, afirmam em análise publicada no site Agriculture.com.

No mercado brasileiro, soja e milho estão em alta e prometem sustentar bons preços ao produtor durante a colheita. No Paraná, a soja alcança R$ 46 por saca, valor 5,43% superior à média de dezembro e 24,46% acima do valor praticado ao longo de janeiro do ano passado. No milho, a cotação de R$ 20 a saca representa aumento de 5,66% em um mês e de 41,32% em um ano.

Esses valores mostram que, apesar de uma reação maior na cotação do milho, o mercado interno continua incentivando a produção de soja. Os produtores que optam pelo cereal quando o preço atinge 50% da cotação da oleaginosa tendem a esperar avanço maior. Esse índice atualmente é de 44 pontos porcentuais. Para ser tão vantajoso quanto a soja, o milho – que teve área reduzida nos últimos dois anos – precisaria subir mais R$ 3 por saca, ou 15%. (LG)


 

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