Segundo a TF Agroeconômica, moinhos de Santa Catarina, que possuem estoques reduzidos e estão localizados próximos à divisa com o Rio Grande do Sul, estão oferecendo até R$ 1.530,00 por tonelada de trigo gaúcho, um valor R$ 80,00/t superior ao pago pelos moinhos do próprio estado. Enquanto isso, os moinhos gaúchos elevaram suas indicações para R$ 1.450,00/t, mas encontram dificuldades para fechar negócios, pois poucos vendedores aceitam menos de R$ 1.500,00/t. No mercado de balcão, os preços da saca em Panambi apresentaram nova alta, chegando a R$ 74,00.
A demanda catarinense pelo trigo do Rio Grande do Sul se mantém aquecida, impulsionada pelo alto custo do trigo importado. No mercado de pedra, os preços pagos aos triticultores catarinenses apresentaram variações. Em Canoinhas, houve alta de R$ 2,00, atingindo R$ 76,00/saca, enquanto em Chapecó o valor permaneceu em R$ 71,00/saca. Joaçaba se manteve em R$ 79,00/saca, e Rio do Sul registrou estabilidade em R$ 80,00/saca. Já em São Miguel do Oeste, a valorização foi de R$ 2,50, alcançando R$ 76,50/saca, enquanto Xanxerê teve o maior aumento, de R$ 3,00, chegando a R$ 80,00/saca.
No Paraná, os preços seguem elevados devido à baixa oferta e ao alto custo do trigo importado. Negócios recentes foram fechados a R$ 1.730,00 CIF em Ponta Grossa, para entrega em abril de 2025 e pagamento em maio. A média semanal de preços da pedra no estado subiu 1,30%, alcançando R$ 77,88/saca, enquanto o custo de produção recuou para R$ 68,68/saca. Com isso, a margem de lucro dos produtores paranaenses avançou de 10,70% para 13,39%, refletindo um cenário mais favorável ao triticultor local.
O cenário reforça a valorização do trigo nacional no mercado interno, com produtores buscando melhores oportunidades de venda. A concorrência entre os moinhos catarinenses e gaúchos, somada à alta nos preços no Paraná, destaca a relevância do cereal na dinâmica comercial do setor, especialmente diante da escassez e dos custos elevados do trigo importado.
Fonte: Agrolink
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