28
abr
2010
Cultivo de trigo pode reduzir 25% na região de Ponta Grossa/PR
Intenção de plantio aponta que haverá um recuo na área de trigo na safra de inverno, baixos preços pagos pelo produto desestimulam produtores da região
Levantamentos preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa (Seab) apontam que a área cultivada de trigo deve reduzir na região em torno de 25% devido aos maus preços pagos ao produtor.
Segundo o Deral, ainda existe bastante trigo estocado da safra passada e de qualidade inferior devido o excesso de chuva no período de colheita. O engenheiro agrônomo do Deral, José Roberto Tosato, explica que os baixos preços pagos ao produtor e a falta de estímulo do governo em comprar parte do estoque soa os principais fatores que vão reduzir a área produzida na região. Na safra passada foram cultivados 155 mil hectares, cuja produção somou 490 mil toneladas. No entanto, a situação pode converter caso o governo compre parte do estoque, segundo Tosato. Neste caso, observa ele, poderá faltar sementes no mercado, pois as existentes não têm boa qualidade. "Com certeza não haverá semente disponível", afirma. Neste caso, o produtor terá que recorrer ao grão melhorado. O plantio de trigo começa na segunda quinzena de maio em Tibagi e Arapoti e nos outros municípios em junho se estendendo até a primeira semana de julho.
As principais cooperativas da região falam em redução que chega a até 60%. É o caso da Cooperativa Agrícola Mista de Ponta Grossa (Coopagrícola) que projeta cultivar 4 mil hectares neste ciclo, o que significa uma redução de 60% com relação ao período anterior quando chegou a 10 mil hectares. O coordenador da área técnica da Coopagrícola, Jeferson Malluta Luciano, explica que esse decréscimo é reflexo do clima chuvoso da safra passada e do alto índice de doenças. "Custo foi alto para o produtor na hora de vender e os preços estavam baixos. Em função disso, os produtores não estão sensibilizados a plantar por conta dos maus preços", explica. Além disso, Luciano diz que os preços dos adubos e fertilizantes estão 20% mais caros. No lugar do trigo os cooperados da Coopagrícola vão plantar aveia, para evitar riscos às áreas.
A Batavo Agrícola Industrial prevê uma redução de 25% na área cultivada com relação ao ciclo anterior. Segundo o gerente agrícola da Batavo, Anacleto Ferri, serão 32 mil hectares cultivados, ante 42 mil hectares. "Temos trigo estocado e os moinhos estão comprando muito pouco. Os baixos preços e o fluxo de comercialização pesam no momento da decisão", alega. A cobertura do solo será feita com aveia.
Volume exportado no primeiro trimestre é cinco vezes maior
Foram exportadas pelo Porto de Paranaguá, no primeiro trimestre deste ano, 567,4 mil toneladas de trigo, o que representou um aumento de 408% em comparação ao mesmo período de 2009.O trigo, que ainda está sendo exportado pelo Porto de Paranaguá, é da safra passada, sendo que a maior parte é procedente de lavouras do Paraná - maior produtor nacional -, com participações do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os principais destinos têm sido o Vietnã, que importou 191,5 mil toneladas, Filipinas, com 112,1 mil toneladas, e França, para onde foram enviadas 56,6 mil toneladas. Tailândia, Coréia, Equador e EUA também compraram o trigo exportado pelo Porto de Paranaguá.
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Levantamentos preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa (Seab) apontam que a área cultivada de trigo deve reduzir na região em torno de 25% devido aos maus preços pagos ao produtor.
Segundo o Deral, ainda existe bastante trigo estocado da safra passada e de qualidade inferior devido o excesso de chuva no período de colheita. O engenheiro agrônomo do Deral, José Roberto Tosato, explica que os baixos preços pagos ao produtor e a falta de estímulo do governo em comprar parte do estoque soa os principais fatores que vão reduzir a área produzida na região. Na safra passada foram cultivados 155 mil hectares, cuja produção somou 490 mil toneladas. No entanto, a situação pode converter caso o governo compre parte do estoque, segundo Tosato. Neste caso, observa ele, poderá faltar sementes no mercado, pois as existentes não têm boa qualidade. "Com certeza não haverá semente disponível", afirma. Neste caso, o produtor terá que recorrer ao grão melhorado. O plantio de trigo começa na segunda quinzena de maio em Tibagi e Arapoti e nos outros municípios em junho se estendendo até a primeira semana de julho.
As principais cooperativas da região falam em redução que chega a até 60%. É o caso da Cooperativa Agrícola Mista de Ponta Grossa (Coopagrícola) que projeta cultivar 4 mil hectares neste ciclo, o que significa uma redução de 60% com relação ao período anterior quando chegou a 10 mil hectares. O coordenador da área técnica da Coopagrícola, Jeferson Malluta Luciano, explica que esse decréscimo é reflexo do clima chuvoso da safra passada e do alto índice de doenças. "Custo foi alto para o produtor na hora de vender e os preços estavam baixos. Em função disso, os produtores não estão sensibilizados a plantar por conta dos maus preços", explica. Além disso, Luciano diz que os preços dos adubos e fertilizantes estão 20% mais caros. No lugar do trigo os cooperados da Coopagrícola vão plantar aveia, para evitar riscos às áreas.
A Batavo Agrícola Industrial prevê uma redução de 25% na área cultivada com relação ao ciclo anterior. Segundo o gerente agrícola da Batavo, Anacleto Ferri, serão 32 mil hectares cultivados, ante 42 mil hectares. "Temos trigo estocado e os moinhos estão comprando muito pouco. Os baixos preços e o fluxo de comercialização pesam no momento da decisão", alega. A cobertura do solo será feita com aveia.
Volume exportado no primeiro trimestre é cinco vezes maior
Foram exportadas pelo Porto de Paranaguá, no primeiro trimestre deste ano, 567,4 mil toneladas de trigo, o que representou um aumento de 408% em comparação ao mesmo período de 2009.O trigo, que ainda está sendo exportado pelo Porto de Paranaguá, é da safra passada, sendo que a maior parte é procedente de lavouras do Paraná - maior produtor nacional -, com participações do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os principais destinos têm sido o Vietnã, que importou 191,5 mil toneladas, Filipinas, com 112,1 mil toneladas, e França, para onde foram enviadas 56,6 mil toneladas. Tailândia, Coréia, Equador e EUA também compraram o trigo exportado pelo Porto de Paranaguá.