11
jun
2012
Cultivo de soja não-transgênica agrega renda ao produtor

 Ao contrário do que se pensa, a soja convencional é mais produtiva do que a transgênica. Para quebrar paradigmas como esse, o Programa Soja Livre, apresenta no VI Congresso Brasileiro de Soja, nos próximos dias 11 a 14 de junho, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, as oportunidades de agregação de renda para os produtores, panorama do mercado consumidor e as variedades de sementes recomendadas e produtivas para cada estado, de acordo com os resultados já comprovados.

 

Fruto de parceria entre a Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Programa Soja Livre foi desenvolvido com o objetivo de ampliar a oferta de cultivares de soja não-transgênica para os produtores de Mato Grosso e em menos de 2 anos se expandiu para todo o país.

 

Diretor técnico da Abrange, Ivan Paghi, lembra que a iniciativa surgiu da dificuldade dos produtores mato-grossenses em encontrar sementes de soja convencional no estado.

 

De acordo com ele, o mercado da soja não-transgênica se consolida como uma opção mais rentável para os agricultores e garante mais liberdade aos consumidores exigentes.

 

Nos últimos 10 anos, variedades de soja não-transgênica lançadas pela Embrapa continuam estáveis e com bom desempenho de produtividade em todas as regiões do país. Conforme Paghi, os índices acompanhados pelo Programa Soja Livre indicam que já está se ultrapassando a barreira de 4 toneladas por hectare plantado com sementes adapatadas regionalmente e com resistencia a nematoides, ferrugens, chuva na colheita e outros benefícios.

 

Variedades como BRSGO 8660; BRSGO 8360; BRSMG 752S; BRSmg 810C; BRS Folra; BRS Jiripoca; BRSGO Luziania são algumas que estão superando a média de produtividade acima dos 70 sc/ha em Mato Grosso, Goiás e Rondonia.

 

 

Na safra 2011/2012, a soja não-transgênica representou cerca de 28% da colheita. Ainda de acordo com Paghi, a projeção para a próxima safra é que os grãos convencionais representem em torno de 25% a 26% da produção, com um foco especial na região do cerrado, especialmente nos estados de Mato Grosso e Goiás.

 

A opção pela soja convencional vem se mostrando cada vez mais viável técnica e economicamente. Além dos produtores que mantiveram o cultivo deste tipo de grão, ele também é opção para aqueles que há mais de 5 anos optaram pela soja transgênica e agora, teoricamente, estão com suas áreas limpas de plantas daninhas. “É hora de fazer a rotação de cultivo e de tecnologias e voltar a ganhar dinheiro, sendo isso possível, o produtor vai continuar pagando royalties por quê?”, questiona o diretor.

 

A rotação de cultivo entre a soja transgenica e a não-transgênica também ajuda a rotacionar os tipos de herbicidas a serem usados no manejo das plantas daninhas, evitando a seleção e resistência devido ao seu uso contínuo na mesma área por vários anos.

 

Ele alerta que, além da economia com os royalties, é possível negocial com o trading e receber prêmios que variam de R$2 a R$3 a mais por saca de soja. “A conta que se faz é que a cada mil hectares, o produtor pode ter uma renda adicional de ate R$ 200 mil”, explica.

 

Sobre o Programa Soja Livre – Criado em 2009, através de parceria entre Abrange, Embrapa e Aprosoja , o programa Soja Livre reforça uma história de mais de 35 anos de sucesso com a soja convencional no Brasil. Presente hoje em 11 estados, é patrocinado pela Caramuru, Amaggi, Imcopa, FMC, CTPA, Emater-GO, Fundação Meridional, Fundação Triângulo, Epamig, Fundação Cerrados e Fundação Bahia e conta com o apoio da Aprosmat, Fundação Rio Verde, Agrodinamica, Test agro, Dalcin Consultoria, Coodeagri, Famato e Senar.

 

Fonte: Só Notícias

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