As cotações do trigo em Chicago apresentaram um leve aumento para o primeiro mês cotado, com o fechamento da quinta-feira (28) atingindo US$ 5,60 por bushel, em comparação com US$ 5,46 uma semana antes. Essa movimentação foi influenciada pelos relatórios de intenção de plantio e estoques trimestrais nos Estados Unidos, divulgados pelo USDA durante o dia. Os relatórios revelaram que a área total de trigo a ser semeada nos EUA neste ano teve uma redução de 4%, ficando em 19,2 milhões de hectares. Além disso, os estoques trimestrais, na posição de 1º de março, aumentaram em 16%, totalizando 29,7 milhões de toneladas.
De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), na Rússia, um dos principais produtores e exportadores mundiais de trigo, os agricultores estão considerando reduzir a área semeada com trigo. Isso se deve ao fato de que a atividade está se tornando menos atrativa devido ao declínio dos preços, ao aumento dos custos de produção e à manutenção das taxas de exportação pelo governo local. De fato, a rentabilidade do trigo russo caiu para menos 0,9%, em comparação com mais de 70% em 2022.
Há fortes possibilidades de que o trigo de primavera russo apresente rentabilidade zero ou negativa, enquanto a do trigo de inverno pode chegar, em média, a 15%. Os preços do trigo russo de terceira classe recuaram para US$ 125,57 por tonelada na semana passada, o que representa aproximadamente R$ 37,50 por saco, de acordo com a taxa de câmbio atual.
Essas tendências tanto nos EUA quanto na Rússia têm impacto significativo no mercado global de trigo, e os investidores e produtores estão atentos às suas implicações nos preços e nas estratégias de comercialização.
Fonte: Agrolink.
Volte para a Listagem