As cotações do trigo em Chicago oscilaram bastante nesta primeira semana de julho, porém, acabaram registrando fortes altas no final da mesma, com o bushel fechando o dia 05/07 (quinta-feira) em US$ 5,04 para o primeiro mês cotado, contra US$ 4,79 uma semana antes. Já a média de junho ficou em US$ 5,00, contra US$ 5,16/bushel em maio.
O relatório de plantio nos EUA, divulgado no dia 29/06, indicou uma área total semeada com trigo em 19,3 milhões de hectares, ou seja, em crescimento de 4% sobre o ano anterior. Já os estoques trimestrais, na posição 1º de junho, ficaram em 29,9 milhões de toneladas, com recuo de 7% sobre a mesma data do ano passado. Este número pressionou para cima Chicago.
Dito isso, a semana iniciou com cotações mais baixas, pois o avanço da colheita do trigo de inverno nos EUA mostrou rendimentos melhores do que o esperado. Ao mesmo tempo, as vendas líquidas do cereal, para o ano comercial 2018/19, ficaram um pouco abaixo do esperado, registrando 563.700 toneladas na semana encerrada em 21/06. Já as inspeções de exportação registraram apenas 324.181 toneladas na semana encerrada em 28/06.
Entretanto, no transcorrer da semana notícias sobre uma safra de trigo menor na França, além de novas condições climáticas desfavoráveis na Rússia, deram impulso ao mercado. Junto a isso, as condições das lavouras estadunidenses de inverno e primavera não são muito boas em diversas regiões do país, fazendo crer que os rendimentos finais serão menores do que os inicialmente detectados.
No Mercosul, a tonelada FOB para exportação oscilou entre US$ 235,00 e US$ 255,00 na compra. Já o produto da safra nova ficou cotado em US$ 195,00 na compra igualmente.
E no Brasil, o preço médio do trigo no balcão gaúcho voltou a subir, fechando a semana em R$ 41,41/saco. Já os lotes permaneceram em R$ 54,00/saco. No Paraná, o balcão pagou valores entre R$ 46,00 e R$ 50,00/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 66,00 e R$ 70,20/saco. Já em Santa Catarina, o balcão ficou entre R$ 43,00 e R$ 44,00/saco, enquanto os lotes fecharam a semana na média de R$ 60,00/saco na região de Campos Novos.
E isto que houve ingresso de trigo importado do Paraguai e Argentina no início da semana, mesmo com um câmbio batendo em torno de R$ 3,90 por dólar. Na prática, a baixa liquidez interna, com ofertas mínimas de trigo de qualidade superior, dá sustentação aos preços locais. Mas os negócios têm sido pontuais, com pouco volume, atendendo a demanda de moinhos pequenos. No geral, os grandes moinhos possuem estoques maiores e reduzem o volume de moagem esperando comprar trigo apenas na entrada da nova safra, em setembro.
Aliás, se as importações continuarem, mesmo com o atual câmbio, quando a nova safra chegar os preços poderão sofrer um impacto baixista importante.
Neste sentido, importante se faz lembrar que a safra nova avança normalmente, se aproximando do final do plantio, e o clima transcorre bem, indicando uma colheita bem melhor do que a frustrada safra do ano passado.
Por enquanto, no Paraná, enquanto o produto paraguaio chega à região por volta de R$ 1.110,00 a R$ 1.150,00 a tonelada (US$ 285,00 a US$ 295,00/tonelada), o preço praticado atualmente no oestedo Estado, para os poucos reportes realizados, ficam por volta de R$ 1.100,00 a R$ 1.150,00 por tonelada (cf. Safras & Mercado).
Fonte: Agrolink
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