08
jul
2013
Cooperativas fomentam retorno de produtores ao campo
Não há nada mais traumático para um produtor rural do que deixar a sua terra e ter que enfrentar a cidade. No Brasil, o movimento de êxodo rural aconteceu em diferentes fases - durante séculos - e continua transformando a vida daqueles que nasceram para plantar. Porém, o sistema cooperativista ligado ao agronegócio paranaense está conseguindo, de maneira surpreendente, mudar esta rota, levando o agricultor de volta à sua verdadeira casa. Em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no sábado (6), a FOLHA conta aos seus leitores quais as estratégias das cooperativas do Estado que estão mudando a vida de muitos agricultores e apresenta histórias marcantes de quem conseguiu se inserir neste novo cenário, fomentado pela diversificação das atividades rurais.
É difícil estimar o número de paranaenses que estão retornando ao campo graças ao sistema cooperativista. Porém, é certo que o investimento maciço em diferentes projetos, como da agroindústria e recebimento de culturas diversificadas, têm facilitado este movimento. De acordo com levantamento da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a previsão é que as cooperativas invistam este ano por volta de R$ 2,1 bilhões, 60% a mais do que os R$ 1,3 bilhão aplicados em 2012.
De acordo com o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, certamente o processo de agroindustrialização contribuiu para que este movimento de retorno do produtor fosse, de fato, concretizado. Na última década, foram investidos R$ 11,2 bilhões, traduzindo-se na agregação de valor ao produto primário e novas oportunidades de emprego e renda, tanto no campo como na cidade.
"No processo de transformação dos produtos primários, 43% do faturamento atual das cooperativas do Paraná provém de produtos industrializados. Mais R$ 5,7 bilhões foram aplicados nos últimos cinco anos em projetos direcionados à melhoria da infraestrutura, ampliação da industrialização e inovação tecnológica, visando garantir serviços de qualidade aos cooperados. Até 2015, as cooperativas do Paraná esperam que pelo menos 50% da sua movimentação econômica seja resultante de algum processo de industrialização", explica Koslovski.
Além da industrialização, o presidente da Ocepar comenta que as cooperativas investem cada vez mais em alternativas para inovar e diversificar sua atuação no mercado. "Processo este que dá uma maior sustentabilidade ao processo de produção através da redução dos riscos de perdas, tornando a estrutura mais eficiente. O Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas tem levado dirigentes de diversos ramos do cooperativismo paranaense para conhecer experiências de organizações cooperativistas em muitos países e assim tentar aplicar aqui modelos de desenvolvimento que lá são observados."
Atualmente são 135 mil cooperados no Paraná, cerca de um terço dos produtores rurais do Estado. Para assisti-los, por volta de 1,7 mil profissionais de assistência técnica prestam serviço através das cooperativas. O número prova que os investimentos não devem ser apenas em suas estruturas físicas, mas também em capital humano.
Para continuar a crescer, o presidente da Ocepar salienta que os investimentos continuam sendo necessários, mas "sempre com os pés no chão". Ele acredita que o caminho é investir em tecnologia de ponta para as plantas industriais, sempre com o foco em melhorar a eficiência. "Destaco que alguns setores, como o de carnes e derivados (suínos e aves), observam novas e importantes oportunidades no mercado internacional e no crescimento do consumo do mercado interno. Outro setor que tem recebido investimentos é o do complexo soja, o qual tem proporcionado bons resultados para nossas cooperativas."
Victor Lopes
É difícil estimar o número de paranaenses que estão retornando ao campo graças ao sistema cooperativista. Porém, é certo que o investimento maciço em diferentes projetos, como da agroindústria e recebimento de culturas diversificadas, têm facilitado este movimento. De acordo com levantamento da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a previsão é que as cooperativas invistam este ano por volta de R$ 2,1 bilhões, 60% a mais do que os R$ 1,3 bilhão aplicados em 2012.
De acordo com o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, certamente o processo de agroindustrialização contribuiu para que este movimento de retorno do produtor fosse, de fato, concretizado. Na última década, foram investidos R$ 11,2 bilhões, traduzindo-se na agregação de valor ao produto primário e novas oportunidades de emprego e renda, tanto no campo como na cidade.
"No processo de transformação dos produtos primários, 43% do faturamento atual das cooperativas do Paraná provém de produtos industrializados. Mais R$ 5,7 bilhões foram aplicados nos últimos cinco anos em projetos direcionados à melhoria da infraestrutura, ampliação da industrialização e inovação tecnológica, visando garantir serviços de qualidade aos cooperados. Até 2015, as cooperativas do Paraná esperam que pelo menos 50% da sua movimentação econômica seja resultante de algum processo de industrialização", explica Koslovski.
Além da industrialização, o presidente da Ocepar comenta que as cooperativas investem cada vez mais em alternativas para inovar e diversificar sua atuação no mercado. "Processo este que dá uma maior sustentabilidade ao processo de produção através da redução dos riscos de perdas, tornando a estrutura mais eficiente. O Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas tem levado dirigentes de diversos ramos do cooperativismo paranaense para conhecer experiências de organizações cooperativistas em muitos países e assim tentar aplicar aqui modelos de desenvolvimento que lá são observados."
Atualmente são 135 mil cooperados no Paraná, cerca de um terço dos produtores rurais do Estado. Para assisti-los, por volta de 1,7 mil profissionais de assistência técnica prestam serviço através das cooperativas. O número prova que os investimentos não devem ser apenas em suas estruturas físicas, mas também em capital humano.
Para continuar a crescer, o presidente da Ocepar salienta que os investimentos continuam sendo necessários, mas "sempre com os pés no chão". Ele acredita que o caminho é investir em tecnologia de ponta para as plantas industriais, sempre com o foco em melhorar a eficiência. "Destaco que alguns setores, como o de carnes e derivados (suínos e aves), observam novas e importantes oportunidades no mercado internacional e no crescimento do consumo do mercado interno. Outro setor que tem recebido investimentos é o do complexo soja, o qual tem proporcionado bons resultados para nossas cooperativas."
Victor Lopes
Fonte: Folha de Londrina