A primavera 2020, que inicia no dia 22 de setembro, será marcada pelo fenômeno La Niña, com redução no volume de chuvas até o verão. Veja a análise de Gilberto Cunha, agrometeorologista da Embrapa Trigo.
A presença do La Niña foi confirmada pelo boletim do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos, divulgado no dia 10 de setembro. O fenômeno geralmente está associado ao menor rendimento nos cultivos de verão, mas pode favorecer a fase final das lavouras de inverno. Problemas com chuva na colheita afetam tanto o rendimento quanto a qualidade de cereais de inverno, como trigo, cevada, aveia e outros.
Para o agrometeorologista Gilberto Cunha, associadas ou não com La Niña, as estiagens no sul do Brasil são recorrentes. Por isso, é preciso aprender a conviver com esse fenômeno. Ele explica que, desde a década de 1970, mais de 14 estiagens, com maior ou menor intensidade, assolaram o sul do Brasil. “O impacto das estiagens não é sempre igual em todas as regiões. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a metade sul e a região oeste, são propensas aos impactos mais severos devido a condições do ambiente”, explica Cunha.
Gilberto Cunha sugere que, em anos de La Niña, é preciso estabelecer estratégias para minimizar os impactos nos cultivos de verão, como escalonar as épocas de semeadura, diversificar o ciclo das cultivares e adotar práticas de manejo conservacionista.
Fonte: Mais Soja
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