11
jul
2011
Comportamento semanal do mercado de trigo

 

A semana no mercado internacional foi de fortes quedas, o que já interferiu nos preços argentinos, mercado este que interfere diretamente nas cotações internas. No mercado de balcão, a pouca disponibilidade de produto faz com que os preços de balcão sejam nominais, e oscilando durante a semana sem uma direção definida.

No mercado de lotes a pouca procura e o pouco produto que resta nos Estados ainda mantém a demanda em baixa. Os preços paranaenses já foram afetadas pela queda da paridade de importação do trigo argentino.
 
No mercado de balcão, a situação foi mista (tabela abaixo), com alta de 0,5% no Rio Grande do Sul, e preço médio de referência na faixa de R$ 24,65/sc, houve queda na praça de Julio de Castilhos e altas em Lagoa Vermelha e Erechim, as demais praças seguem com preços nominais.

No Paraná no acumulado da semana, houve queda de 0,5%. Sendo que nem mesmo o anúncio de perdas pela geada favoreceram as cotações, a média de referência do Estado se encontra agora em R$26,67/sc. No Estado de São Paulo, após várias semanas em alta, os preços reduziram-se em 0,5%, estando agora em R$ 31,54/sc na média das praças consultadas, a redução se deu em Itapeva, área de forte influência das cooperativas paranaenses, seguindo o que ocorreu no Estado vizinho.
 
De relevante nesta semana, tivemos a confirmação das perdas pelas geadas ocorridas no estado do paraná, contabilizadas em 8,7%, trazendo a projeção de produção do governo do estado local para 2,61 milhões de toneladas. Ainda não estão descartados novos eventos deste tipo. Ainda sobre o Paraná, os preços de lotes no interior do Estado se mantiveram em torno de R$ 520/ton, nos Campo Gerais já a fontes que relatam valores em torno de R$ 510/ton, esta região já havia sido penalizada pela queda do crédito presumido de ICMS anteriormente, deixando de enviar trigo para o mercado paulista, agora a queda da paridade de importação do trigo argentino também afeta negativamente as negociações do pouco trigo que resta no Estado.

Há ainda cerca de 280 mil toneladas de trigo a serem comercializadas no Estado. No leilão realizado na quarta-feira apenas 22% das 44 mil toneladas foram arrematadas, de lotes de trigo pão tipos 1 e 2.
 
No Rio Grande do Sul, o plantio segue favorecido pelas chuvas bem distribuídas e a temperatura baixa, geadas ocasionais ainda favorecem o perfilhamento da cultura a campo.

As operações seguem normais e bem próximas da finalização, o que deve ocorrer até o final da próxima semana. No mercado de lotes local, nada de alteração pedidas entre R$ 470 e R$ 500/ton dependendo da qualidade e das regiões dão o tom da oferta no Estado, abastecido por leilões a cada 15 dias. Neste último evento aliás a procura por lotes de trigo pão tipos 1 e 2 foi próxima de zero, e a negociação de lotes do Estado se aproximou de 30% da oferta.
 
A importação de trigo teve importações de trigo uruguaio e argentino somadas passando das 130 mil toneladas, um volume significativo, com os moinhos menos abastecidos aproveitando as quedas no mercado internacional para realizar compras.

Os preços FOB  pedidos de lotes do trigo argentino na quarta-feira davam conta de algo em torno de US$ 317/ton posto Up River e entre US$ 325 e 330/ton posto. Bem mais em conta do que os US$ 350 e US$ 375/ton  respectivamente de duas semanas atrás.

Fonte: AF News - Notícias Agrícolas  

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