29
abr
2015
Comercialização da soja se intensifica no Paraná
Produtores esperaram o melhor momento para escoar a safra; com mudança na cotação do dólar, sojicultores otimizam as vendas
Depois de um início de ano um pouco lento na comercialização da safra 2014/15 da soja paranaense, os produtores intensificaram em abril o escoamento da oleaginosa. Até a semana passada, 48% da safra havia sido comercializada, percentual idêntico se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Marcelo Garrido, economista do Deral, afirma que muitos produtores aproveitaram a alta do dólar para comercializar a safra. "Os agricultores estavam segurando as vendas de soja porque estão capitalizados e aguardavam um melhor momento para negociar", afirma o economista. Além disso, conta Garrido, o mercado internacional também elevou a demanda pelo produto brasileiro.
Vale salientar que a América do Sul é o único continente que tem soja para vender neste momento, já que a safra no hemisfério Norte começa a partir do segundo semestre. De acordo com dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), só o Brasil possui uma estimativa de produção de soja na safra 2014/15 de 94,28 milhões de toneladas, 9,5% a mais se comparado ao mesmo período do ciclo anterior.
A produção paranaense para a safra verão foi estimada em 16,88 milhões de toneladas, 16% maior no comparativo com o ciclo 2013/14, quando foram colhidas 14,59 milhões de toneladas. Em área, o Paraná semeou na safra 2014/15 mais de 5,7 milhões de hectares, 4% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado.
O mercado da soja segue remunerador para os produtores do Estado. Em março, o preço da saca fechou em R$ 58,87, ante R$ 56,19/sc em fevereiro e R$ 63,36/sc em março de 2014. O custo variável de produção, que engloba os gastos com insumos, manutenção, mão de obra, entre outras despesas, finalizou em fevereiro no Paraná a R$ 28,50/sc, contra R$ 27,32/sc em fevereiro do ano passado.
Cooperativas
As cooperativas paranaenses, que recebem 72% da produção de soja do Estado, já comercializaram 50% da oleaginosa recebida até meados de abril, contra 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), afirma que a comercialização está dentro dos padrões normais para o período.
Na cooperativa Integrada, com sede em Londrina, cerca de 50% de um total de 800 mil toneladas de soja recebidas do período 2014/15 já foram comercializadas, índice semelhante ao contabilizado no mesmo período do ano passado. Alcir Chiari, gerente de comercialização da cooperativa, explica que mesmo com o preço em alta, muitos produtores seguraram a produção esperando que os valores se elevassem ainda mais.
"Como o valor do dólar deu uma recuada, muitos começaram a vender a sua produção", conta Chiari. Com isso, salienta ele, os produtores perderam a oportunidade de vender o grão com preços mais altos, que há algumas semanas estava na casa dos R$ 60 a saca. Ontem, 27, o dólar para venda segundo dados do Banco Central (BC), era cotado a R$ 2,9236.
Neste ciclo, o volume de soja recebido pela Integrada foi 23% maior. O motivo, conta Chiari, foi devido à quebra na safra 2013/14, motivada pela forte estiagem que atingiu todas as regiões produtoras do Estado.
Ricardo Maia
Depois de um início de ano um pouco lento na comercialização da safra 2014/15 da soja paranaense, os produtores intensificaram em abril o escoamento da oleaginosa. Até a semana passada, 48% da safra havia sido comercializada, percentual idêntico se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Marcelo Garrido, economista do Deral, afirma que muitos produtores aproveitaram a alta do dólar para comercializar a safra. "Os agricultores estavam segurando as vendas de soja porque estão capitalizados e aguardavam um melhor momento para negociar", afirma o economista. Além disso, conta Garrido, o mercado internacional também elevou a demanda pelo produto brasileiro.
Vale salientar que a América do Sul é o único continente que tem soja para vender neste momento, já que a safra no hemisfério Norte começa a partir do segundo semestre. De acordo com dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), só o Brasil possui uma estimativa de produção de soja na safra 2014/15 de 94,28 milhões de toneladas, 9,5% a mais se comparado ao mesmo período do ciclo anterior.
A produção paranaense para a safra verão foi estimada em 16,88 milhões de toneladas, 16% maior no comparativo com o ciclo 2013/14, quando foram colhidas 14,59 milhões de toneladas. Em área, o Paraná semeou na safra 2014/15 mais de 5,7 milhões de hectares, 4% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado.
O mercado da soja segue remunerador para os produtores do Estado. Em março, o preço da saca fechou em R$ 58,87, ante R$ 56,19/sc em fevereiro e R$ 63,36/sc em março de 2014. O custo variável de produção, que engloba os gastos com insumos, manutenção, mão de obra, entre outras despesas, finalizou em fevereiro no Paraná a R$ 28,50/sc, contra R$ 27,32/sc em fevereiro do ano passado.
Cooperativas
As cooperativas paranaenses, que recebem 72% da produção de soja do Estado, já comercializaram 50% da oleaginosa recebida até meados de abril, contra 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), afirma que a comercialização está dentro dos padrões normais para o período.
Na cooperativa Integrada, com sede em Londrina, cerca de 50% de um total de 800 mil toneladas de soja recebidas do período 2014/15 já foram comercializadas, índice semelhante ao contabilizado no mesmo período do ano passado. Alcir Chiari, gerente de comercialização da cooperativa, explica que mesmo com o preço em alta, muitos produtores seguraram a produção esperando que os valores se elevassem ainda mais.
"Como o valor do dólar deu uma recuada, muitos começaram a vender a sua produção", conta Chiari. Com isso, salienta ele, os produtores perderam a oportunidade de vender o grão com preços mais altos, que há algumas semanas estava na casa dos R$ 60 a saca. Ontem, 27, o dólar para venda segundo dados do Banco Central (BC), era cotado a R$ 2,9236.
Neste ciclo, o volume de soja recebido pela Integrada foi 23% maior. O motivo, conta Chiari, foi devido à quebra na safra 2013/14, motivada pela forte estiagem que atingiu todas as regiões produtoras do Estado.
Ricardo Maia
Fonte: Folha Web