17
mai
2013
Combate à lagarta helicoverpa exige modificação de ações

O Fórum Brasileiro sobre Mosca Branca e Helicoverpa debateu, assuntos relacionados à lagarta helicoverpa armigera que devastou plantações da Bahia e tem afetado plantações de algodão, soja e feijão do Centro-oeste do país.

Durante o evento, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, falou sobre o empenho da confederação na elaboração de um planejamento de defesa agropecuária para o país que deve ser apresentado no dia 4 de junho, juntamente com o Plano Safra. A senadora falou sobre a necessidade de elaborar um plano para a agricultura que seja plurianual, com duração de até 5 anos, e de aumentar o montante total do seguro agrícola. “O agronegócio brasileiro não pode mais ser tratado como qualquer coisa. E não se trata de conceder subvenções aos produtores, mas sim a todos os brasileiros que precisam ter o que comer”, destacou a presidente da CNA, Kátia Abreu.

Celito Breda, diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), mediou as palestras e debates sobre a helicoverpa e avaliou positivamente o evento. Segundo o diretor, a sensibilização política do governo e de instituições ligadas ao setor foi alcançada. “Por parte do poder público, alguns já estão muito sensíveis, como é o caso do Ministério da Agricultura. No entanto, Anvisa, Ibama e Ministério Público não estão sensíveis ao problema e nem querem estar”, afirmou Celito Breda.

A liberação de defensivos que combatam à praga foi tema constante nas discussões e tomou como exemplo o caso de países europeus e a Austrália que está 30 anos à frente nas pesquisas e obteve sucesso no combate da lagarta helicoverpa.

Ao final da tarde, a avaliação é que é necessário mudar a realidade do combate às pragas no país. É preciso intensificar o controle cultural, biológico e a transgenia, lançando mão dos químicos que são mais fáceis e aparentemente resolvem tudo. A intenção é utilizar os químicos como complementos, diminuindo os elevados números de aplicação.

Os prejuízos causados pelas pragas debatidas no Fórum Brasileiro sobre Mosca Branca e Helicoverpa ultrapassam os R$ 3 bilhões. O evento reuniu mais de 1000 pessoas, durante todo o dia.

Fonte: Imprensa Agrobrasília

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