01
out
2010
Com o fim do Vazio Sanitário da Soja, começa o plantio da nova safra em MS

 

Com o fim do vazio sanitário da soja e a chegada das chuvas, os produtores se preparam para iniciar o plantio da oleaginosa. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) estima que haverá mais de 1,7 milhão de hectares plantados nesta safra no Estado. A determinação do vazio, que termina nesta quinta-feira, 30 de setembro, serve para que a incidência de ferrugem asiática sobre a soja seja menor e evite maiores perdas, mas de acordo com o engenheiro agrônomo da Federação, Lucas Galvan, o plantio deve começar mesmo só na segunda quinzena de outubro, como recomendado pelo zoneamento agrícola de risco climático do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

Como determinação do MAPA, o zoneamento agr ícola se baseia na média histórica de chuvas para fazer as previsões sobre as melhores épocas para o plantio. Segundo Galvan, o que acontece é que apenas os produtores que respeitarem a recomendação terão acesso aos instrumentos de política agrícola, como crédito rural e seguro rural. “Quem vai plantar com recursos próprios pode iniciar o plantio. Mas para este ano todo cuidado é pouco, uma vez que as previsões dos meteorologistas indicam que haverá uma estiagem em janeiro por conta da influência do fenômeno La Ninã”, explica.

A ferrugem asiática é um fungo que causa a desfolha precoce da planta e com isso a redução na produção de grãos. “Com o vazio, o fungo fica sem seu principal habitat, o problema demora mais a aparecer e o gasto com fungicidas e a queda de produção é menor”, aponta Galvan. São três meses de vazio sanitário, que este ano começou no dia 1 de julho. Além de Mato Grosso do Sul, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão também aplicam a medida para a produção de soja.

O vazio sanitário foi instituído em Mato Grosso do Sul pela Lei Estadual 3.333 e a fiscalização é feita pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Por um período de três meses fica determinada a ausência completa de plantas de soja e o produtor que não cumpre está sujeito à multa. A legislação foi uma exigência da classe produtora para que exista controle de plantas voluntárias, cadastramento das áreas com cultivo de soja, monitoramento da cultura e informação de foco da doença na lavoura.

Fonte: A Crítica de Campo Grande - Pantanal News
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