24
set
2010
Com 30% dos grãos colhidos produtor do PR estima bons resultados
Com 30% da área plantada com trigo e aveia já colhidos, os produtores comemoram o bom resultado alcançado até agora, mas torcem para que a seca no período final da formação do grão não diminua a produtividade. Se a falta de chuva preocupa quem já está colhendo, deixa apreensivo também aquele produtor que está se preparando para o plantio da safra de verão: milho e soja.
Na região abrangida pelo Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) são 110.985 hectares plantados com trigo e outros 40 mil hectares plantados com aveia. De acordo com o Engenheiro Agrônomo Paulo Henrique Noronha Dias, tudo está correndo dentro do esperado. Assim foi com a lavoura do produtor Inranlei Saraiva. Ele terminou recentemente a colheita de trigo de sua propriedade na região de Farol. “Não tivemos nenhum problema esse ano, a produtividade foi muito boa inclusive.”
Mas a seca registrada desde o começo de agosto provavelmente vai ser sentida nas propriedades que estão terminando a colheita. “Até agora está tudo certo e os índices atingidos estão como já era esperado. Só que daqui para frente é esperado que haja uma redução no potencial produtivo. Principalmente pela seca que pegou a fase final de formação dos grãos”, diz. O Engenheiro Agrônomo explicou que chuva que caiu no início da semana foi insuficiente e veio um pouco tarde para que tenha qualquer influência sobre a safra. De acordo com os dados da estação climatológica de Campo Mourão, pertencente ao Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), desde o dia 2 de agosto, foram registrados apenas 12 milímetros de chuva na região.
Os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab apontam que a produtividade esperada para o trigo é de 2.461 quilos para cada hectare. Apesar de ser uma produtividade alta, para os agricultores isso continua não sendo traduzido em lucro. “Colhi muito bem, mas pelo preço que está sendo pago hoje, é prejuízo na certa”, lamenta Saraiva.
Conab lança última estimativa
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou ontem o último levantamento das safras. O Brasil chegou ao fim da safra 2009/2010 com uma produção recorde de 148,99 milhões de toneladas de grãos. O desempenho supera o melhor resultado registrado na safra 2007/08, quando houve produção de 144,14 milhões t. Segundo a Conab, o volume é 10,3% superior às 135,13 milhões t da safra 2008/09. Em comparação com o levantamento de agosto, houve aumento de 1,9 milhão t.
A soja deve fechar a produção em 68,69 milhões t, 20,2% ou 11,52 milhões t a mais que no ciclo anterior. O estudo foi realizado por 59 técnicos entre 23 e 25 de agosto. A Conab prevê ainda que a produção nacional de trigo na safra 2010 será de 5,392 milhões de toneladas, superior em 7,3% aos 5,026 milhões toneladas da safra anterior. Os técnicos da Conab observam que o mercado de trigo esboça pequena reação, em consequência do aumento do preço do cereal no mercado internacional. No entanto, a alta está abaixo do preço esperado pelos produtores.
Na maior parte do Paraná, as chuvas e a umidade disponível no solo foram suficientes para garantir o bom desenvolvimento das lavouras. As previsões para os próximos três meses indicam chuvas abaixo da média na maior parte da Região Sul. Essa condição também poderá causar prejuízos às lavouras na próxima safra de verão, por causa do maior risco de estiagens prolongadas no fim da primavera e durante todo o verão. (com informações da AEN)Números da safra segundo IBGE
A colheita do trigo e do milho safrinha, em andamento no Paraná, está apresentando rendimento elevado e o volume previsto está acima das expectativas preliminares. Segundo o IBGE, a segunda safra de milho é 42,3% maior que a anterior (2009) e a safra de trigo é 25,7% maior em relação ao ano passado. Conforme a pesquisa mensal do Instituto, o Paraná está colhendo um volume total de 6,37 milhões de toneladas de milho da segunda safra. No mesmo período do ano passado colheu 4,48 milhões toneladas. Com esse volume, o Estado produziu 13,3 milhões de toneladas entre as duas safras (verão e safrinha), se destacando como o maior produtor nacional de milho.
O trigo deve atingir uma produção de 3,12 milhões de toneladas, conforme reavaliação do IBGE. No ano passado, foram colhidos 2,48 milhões de toneladas do grão. A produção total de feijão no Estado ficou praticamente estável em relação ao ano passado, quando foi colhido um volume de 787.180 toneladas entre as três safras colhidas no Paraná. Este ano a previsão aponta para uma produção de 780 mil toneladas, uma ligeira queda de 1%. A produção de soja, com colheita já encerrada, é de 14 milhões de toneladas.
(Seab)Preocupações com safra de verão
Se o clima ajudou em parte aos produtores de trigo e aveia, as preocupações se voltam agora para o plantio da safra de verão que se aproxima. A partir do dia 15 de setembro, dia em que termina o prazo de vigência do vazio sanitário da soja, os produtores estão liberados para começar a plantar. No entanto, com a falta de chuva, o conselho dos engenheiros agrônomos é mesmo esperar. “Antes da soja, muita gente planta o milho. Aqui na cooperativa já tem muitos cooperados retirando as sementes e insumos, mas para todos recomendamos que aguardem”, diz Dias.
O medo dos agricultores é que passe muito tempo antes da vinda da chuva, o que faria com que a formação do grão ocorresse em um novo período de secas em dezembro. “Não tem como generalizar, pois cada ano o clima se apresenta de uma forma, mas normalmente, até o dia 15 de outubro ainda dá para plantar tranqüilo, sem que o período de floração seja prejudicado”, ressalta o agrônomo.
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Na região abrangida pelo Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) são 110.985 hectares plantados com trigo e outros 40 mil hectares plantados com aveia. De acordo com o Engenheiro Agrônomo Paulo Henrique Noronha Dias, tudo está correndo dentro do esperado. Assim foi com a lavoura do produtor Inranlei Saraiva. Ele terminou recentemente a colheita de trigo de sua propriedade na região de Farol. “Não tivemos nenhum problema esse ano, a produtividade foi muito boa inclusive.”
Mas a seca registrada desde o começo de agosto provavelmente vai ser sentida nas propriedades que estão terminando a colheita. “Até agora está tudo certo e os índices atingidos estão como já era esperado. Só que daqui para frente é esperado que haja uma redução no potencial produtivo. Principalmente pela seca que pegou a fase final de formação dos grãos”, diz. O Engenheiro Agrônomo explicou que chuva que caiu no início da semana foi insuficiente e veio um pouco tarde para que tenha qualquer influência sobre a safra. De acordo com os dados da estação climatológica de Campo Mourão, pertencente ao Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), desde o dia 2 de agosto, foram registrados apenas 12 milímetros de chuva na região.
Os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab apontam que a produtividade esperada para o trigo é de 2.461 quilos para cada hectare. Apesar de ser uma produtividade alta, para os agricultores isso continua não sendo traduzido em lucro. “Colhi muito bem, mas pelo preço que está sendo pago hoje, é prejuízo na certa”, lamenta Saraiva.
Conab lança última estimativa
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou ontem o último levantamento das safras. O Brasil chegou ao fim da safra 2009/2010 com uma produção recorde de 148,99 milhões de toneladas de grãos. O desempenho supera o melhor resultado registrado na safra 2007/08, quando houve produção de 144,14 milhões t. Segundo a Conab, o volume é 10,3% superior às 135,13 milhões t da safra 2008/09. Em comparação com o levantamento de agosto, houve aumento de 1,9 milhão t.
A soja deve fechar a produção em 68,69 milhões t, 20,2% ou 11,52 milhões t a mais que no ciclo anterior. O estudo foi realizado por 59 técnicos entre 23 e 25 de agosto. A Conab prevê ainda que a produção nacional de trigo na safra 2010 será de 5,392 milhões de toneladas, superior em 7,3% aos 5,026 milhões toneladas da safra anterior. Os técnicos da Conab observam que o mercado de trigo esboça pequena reação, em consequência do aumento do preço do cereal no mercado internacional. No entanto, a alta está abaixo do preço esperado pelos produtores.
Na maior parte do Paraná, as chuvas e a umidade disponível no solo foram suficientes para garantir o bom desenvolvimento das lavouras. As previsões para os próximos três meses indicam chuvas abaixo da média na maior parte da Região Sul. Essa condição também poderá causar prejuízos às lavouras na próxima safra de verão, por causa do maior risco de estiagens prolongadas no fim da primavera e durante todo o verão. (com informações da AEN)Números da safra segundo IBGE
A colheita do trigo e do milho safrinha, em andamento no Paraná, está apresentando rendimento elevado e o volume previsto está acima das expectativas preliminares. Segundo o IBGE, a segunda safra de milho é 42,3% maior que a anterior (2009) e a safra de trigo é 25,7% maior em relação ao ano passado. Conforme a pesquisa mensal do Instituto, o Paraná está colhendo um volume total de 6,37 milhões de toneladas de milho da segunda safra. No mesmo período do ano passado colheu 4,48 milhões toneladas. Com esse volume, o Estado produziu 13,3 milhões de toneladas entre as duas safras (verão e safrinha), se destacando como o maior produtor nacional de milho.
O trigo deve atingir uma produção de 3,12 milhões de toneladas, conforme reavaliação do IBGE. No ano passado, foram colhidos 2,48 milhões de toneladas do grão. A produção total de feijão no Estado ficou praticamente estável em relação ao ano passado, quando foi colhido um volume de 787.180 toneladas entre as três safras colhidas no Paraná. Este ano a previsão aponta para uma produção de 780 mil toneladas, uma ligeira queda de 1%. A produção de soja, com colheita já encerrada, é de 14 milhões de toneladas.
(Seab)Preocupações com safra de verão
Se o clima ajudou em parte aos produtores de trigo e aveia, as preocupações se voltam agora para o plantio da safra de verão que se aproxima. A partir do dia 15 de setembro, dia em que termina o prazo de vigência do vazio sanitário da soja, os produtores estão liberados para começar a plantar. No entanto, com a falta de chuva, o conselho dos engenheiros agrônomos é mesmo esperar. “Antes da soja, muita gente planta o milho. Aqui na cooperativa já tem muitos cooperados retirando as sementes e insumos, mas para todos recomendamos que aguardem”, diz Dias.
O medo dos agricultores é que passe muito tempo antes da vinda da chuva, o que faria com que a formação do grão ocorresse em um novo período de secas em dezembro. “Não tem como generalizar, pois cada ano o clima se apresenta de uma forma, mas normalmente, até o dia 15 de outubro ainda dá para plantar tranqüilo, sem que o período de floração seja prejudicado”, ressalta o agrônomo.