01
fev
2016
Colheita se mantém lenta e atinge 4% da nova safra

A última semana de janeiro começou com sol em parte do Centro-Oeste e deu impulso à colheita da safra 2015/16 de soja. A volta das chuvas, porém, interrompeu os trabalhos em alguns pontos. No Sul, pancadas levaram alívio aos produtores que, com soja em fase reprodutiva nos campos, estão preocupados com o tempo quente e seco. Até a sexta-feira (29), 4% da área brasileira de soja estava colhida, em linha com a média de cinco anos, mas atrás dos 6% do ano passado, conforme levantamento semanal da consultoria AgRural.

Em Mato Grosso, os produtores aproveitaram o tempo firme durante o fim de semana para colher, mas depois tiveram que colocar o pé no freio em algumas áreas devido à volta das precipitações. A colheita avançou três pontos na semana, para 7%, contra 11% no mesmo período de 2015. Em Lucas do Rio Verde, no médio norte, a soja precoce está rendendo em média 44 sacas por hectare. Em Campo Verde, no sul, após problemas em algumas áreas, a qualidade da soja voltou a melhorar. No oeste, onde as chuvas foram mais regulares durante a safra, os relatos são de boas produtividades. Em Campos de Júlio, a média das primeiras áreas está em 58 sacas por hectare.

Em Mato Grosso do Sul, as chuvas que dificultam a colheita favorecem áreas tardias. Na média do estado, 3% da área estão colhidos, em linha com a safra passada. Em Dourados, os primeiros talhões estão rendendo 50 sacas. Em Naviraí, áreas semeadas “no tarde” sofreram com a estiagem de janeiro e apresentam perdas pontuais. Mas, no geral, a safra é boa.

Em Goiás, a colheita chegou a 4%, também em linha com a safra passada. No sudoeste, os trabalhos seguiram nos intervalos das chuvas. Na região de Brasília, a colheita ainda é pontual e há relatos de perdas de qualidade por causa das chuvas recentes.

ALÍVIO NO SUL - No Paraná, 9% da soja foi colhida, ante 11% há um ano. No oeste, a previsão de chuva acelerou a colheita. Nos Campos Gerais, 30% da área estão em maturação e a colheita ainda é pontual. Em Guarapuava, a movimentação dos pulverizadores é intensa para o controle da ferrugem. Na região de Maringá, os primeiros talhões estão rendendo 55 sacas.

No Rio Grande do Sul, pancadas voltaram a cair após algumas semanas sem chuva. No norte, as lavouras estão muito boas, embora não devam alcançar produtividades tão altas como as de 2014/15. No centro, porém, áreas semeadas no final de novembro e em dezembro precisam de mais chuva com urgência.

SUDESTE E MATOPIBA - Em São Paulo, 5% da soja estão colhidos. No sul, a soja precoce rende 66 sacas, mas a tardia deve fazer a média cair. No norte, a colheita começou apenas em áreas de pivô. Em Minas Gerais, somente áreas pontuais irrigadas foram colhidas. Em Uberlândia, a volta do sol permitiu a colheita dos primeiros talhões, mas houve perda de qualidade devido às chuvas intensas.

Na Bahia, 20% da soja estão em enchimento de grãos. Com chuvas ainda acima da média, os produtores que têm áreas de pivô prontas estão preocupados com a qualidade do grão. No Maranhão, as chuvas desta semana também ficaram acima do normal, agravando os alagamentos. As primeiras áreas devem ser colhidas a partir de 15/fev. No Piauí, que segue chuvoso, as primeiras áreas de Uruçuí devem render média de 30 sacas, pois a umidade chegou tarde. No Tocantins, a soja “do tarde” vai bem, mas áreas afetadas pela estiagem no sul têm potencial de apenas 38 sacas.

 

 
 
 
 
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