Embora os produtores de soja do Sul do Brasil não se sintam muito confortáveis para realizar negócios com o câmbio atual, as vendas estão ativas, especialmente no Paraná, onde o porto de Paranaguá registra as maiores esperas de navios para atracar no país, disseram fontes do setor.
Num momento de bons preço internacionais, agricultores do Paraná, segundo produtor de soja do Brasil, atrás de Mato Grosso estão vendendo parte da safra recém-colhida para pagar contas inadiáveis ou mesmo para liberar espaço em armazéns lotados com uma produção recorde.
Com as vendas, disse Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), alguns problemas de armazenagem do Estado estão sendo " equacionados " .
Segundo ele, a soja que estava armazenada nos pátios das cooperativas, envolvida por lonas e sacarias, já está sendo transferida para os silos, na medida em que o excedente do grão segue ao porto.
O Paraná tem uma capacidade de armazenamento de 25 milhões de toneladas, mas as grandes safras de soja e milho de verão, com colheitas próximas do fim, devem somar cerca de 21 milhões de toneladas, que se somam aos estoques elevados da temporada passada.
Os trabalhos de colheita caminham para a reta final no Brasil, que terá safra recorde . No Rio Grande do Sul, terceiro produtor nacional, a colheita avançou e superou 72% do total plantado, conforme levantamento da Emater/RS.
Fonte: Valor Economico
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