11
fev
2011
Colheita de soja inicia com boas perspectivas em Campo Mourão/PR
O percentual ainda é pequeno, mas as máquinas já começaram a invadir o campo para a colheita da soja. A tão temida influencia do fenômeno “La Niña”, que seria responsável por um volume menor de chuvas nesta safra, não foi confirmada e a perspectiva é de safra cheia. Embora muitas lavouras já passaram do período que necessitava de mais água, algumas ainda estão em pleno desenvolvimento e é preciso que continue chovendo.
Na região de Campo Mourão (PR), estão sendo cultivados 575 mil hectares de soja, contra 570 mil no ano passado. A previsão é de que a produção feche entre 1,72 mil e 1,85 mil toneladas. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O engenheiro agrônomo, Edílson Souza e Silva, explica que a previsão inicial é de que seja colhida uma média de 121 sacas de soja por alqueire. “A expectativa é de que essa média aumente, podendo chegar ou ultrapassar as 130 sacas que foram colhidas no ano passado”, diz.
Silva ressalta que ainda não há como divulgar percentual de colheita, pois está muito no início. As poucas áreas que estão sendo colhidas estão concentradas na região de Juranda e Ubiratã. O agrônomo diz que até o momento as lavouras estão se desenvolvendo dentro do normal, mas ainda existe a preocupação de que a chuva continue no período da colheita. “Se a chuva continuar no mesmo ritmo pode haver complicações na colheita. Se o clima favorecer teremos uma produção muito boa”, comenta. Ainda segundo Silva, a colheita deverá ser intensificada nos 20 primeiros dias de março.
Comercialização
Diferente das previsões meteorológicas, as chuvas foram bem distribuídas durante o ciclo das lavouras, e o bom desenvolvimento das culturas deve consolidar uma safra cheia. E esse não é o único motivo que tem gerado otimismo entre os agricultores. Há, também, uma expectativa de bons preços para o milho e para a soja, que já estão altos e devem continuar durante a safra.
“São tendências que, confirmadas, contribuirão para que os agricultores possam garantir uma boa rentabilidade com a safra e aumentar o volume de capital na propriedade”, lembra o diretor-presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini. O dirigente explica, entre outros assuntos, que fatores como os estoques mundiais baixos, o comportamento do dólar e a crise em alguns paises, podem confirmar essas tendências. “Os preços já estão altos hoje e podem continuar assim durante o ano”, analisa.
Com o início da colheita o produtor rural tem pela frente mais um desafio: a comercialização dos grãos. Para o presidente da Coamo esse é um dos momentos mais importantes no campo. “Quando a produção é boa já é meio caminho andado; porém é na hora de vender a safra que o agricultor define se a comercialização será lucrativa ou não”, alerta Gallassini. Diante de uma venda antecipada de 30% da safra, os produtores encontram em outras modalidades de comercialização os mecanismos para gerar boas vendas. “Temos, em geral, a cultura de especuladores do mercado. E isso não é bom”, salienta Gallassini. “Não sabemos o quanto queremos pela nossa produção; só sabemos que queremos o máximo, sempre”, completa o dirigente.
Para essa situação de incerteza Gallassini tem uma dica aos produtores rurais. Ele orienta que as vendas devem ser realizadas, sempre, em função dos custos da atividade. “Essa é a parte que conhecemos. Portanto, o ideal é fazer uma planilha e estabelecer o quanto se quer ganhar com a venda da safra. Depois, quando o mercado chegando na nossa meta, o produtor pode fechar os lotes em diversas vezes, aproveitando os preços. Assim, ele sempre terá lucro nas vendas”, conclui o dirigente.
Colheita confirma otimismo no campo
O agricultor Marçal Portelo Soares já está com o maquinário no campo, pois no final de semana começou a colheita da soja em suas terras. Segundo ele, até o momento não tem do que reclamar. “Apenas uns 2% da área foi colhida, mas estamos conseguindo em torno de 140 sacos. Esperávamos um pouco mais, mas está bom”, diz.
Segundo ele, o principal problema hoje é o atraso que atrapalha os planos de plantio da safrinha. “A soja vegetou por muito tempo, demorou em chegar a florada. Estou uns 15 dias atrasado com a colheita, mesmo tendo plantado no período certo”, acrescenta o produtor.
Apesar da perspectiva de boa colheita, Soares revelou que teve alguns problemas com o Coró, uma lagarta de um tipo de besouro. “Veio um pouco tarde e acabou estragando um pouco, acho que de 4 a 5% acabou avariado, mas a gente conseguiu contornar”, comenta. De acordo com os engenheiros agrônomos, a lagarta é resultado do desequilíbrio ecológico e da compactação do solo.
“O que a gente precisava mesmo, é de 15 dias de sol, para terminar bem a colheita”, comenta esperançoso. Porém, os meteorologistas preveem que pelo menos por mais uma semana, a esperança de Soares não deve se concretizar. O Instituto Simepar prevê que até sábado, o clima não deve mudar, a previsão é de chuva todos os dias. “Principalmente nesta quinta-feira (9) e no dia seguinte temos previsões de chuva forte para todo o Estado, nos demais dias, vai continuar chovendo, mas aí serão aquelas mais típicas de verão mesmo, bem pontuais”, relata a meteorologista do instituto, Vanessa Davila.
Também sobre a expectativa de preços, Soares se mostra otimista. “Tivemos anos ruins, mas agora o que ela está valendo compensa, temos uma margem de lucro boa já que estamos conseguindo vender a R$ 48, até R$ 49. Cobre todos os custos”, acrescenta o agricultor.
Na região de Campo Mourão (PR), estão sendo cultivados 575 mil hectares de soja, contra 570 mil no ano passado. A previsão é de que a produção feche entre 1,72 mil e 1,85 mil toneladas. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O engenheiro agrônomo, Edílson Souza e Silva, explica que a previsão inicial é de que seja colhida uma média de 121 sacas de soja por alqueire. “A expectativa é de que essa média aumente, podendo chegar ou ultrapassar as 130 sacas que foram colhidas no ano passado”, diz.
Silva ressalta que ainda não há como divulgar percentual de colheita, pois está muito no início. As poucas áreas que estão sendo colhidas estão concentradas na região de Juranda e Ubiratã. O agrônomo diz que até o momento as lavouras estão se desenvolvendo dentro do normal, mas ainda existe a preocupação de que a chuva continue no período da colheita. “Se a chuva continuar no mesmo ritmo pode haver complicações na colheita. Se o clima favorecer teremos uma produção muito boa”, comenta. Ainda segundo Silva, a colheita deverá ser intensificada nos 20 primeiros dias de março.
Comercialização
Diferente das previsões meteorológicas, as chuvas foram bem distribuídas durante o ciclo das lavouras, e o bom desenvolvimento das culturas deve consolidar uma safra cheia. E esse não é o único motivo que tem gerado otimismo entre os agricultores. Há, também, uma expectativa de bons preços para o milho e para a soja, que já estão altos e devem continuar durante a safra.
“São tendências que, confirmadas, contribuirão para que os agricultores possam garantir uma boa rentabilidade com a safra e aumentar o volume de capital na propriedade”, lembra o diretor-presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini. O dirigente explica, entre outros assuntos, que fatores como os estoques mundiais baixos, o comportamento do dólar e a crise em alguns paises, podem confirmar essas tendências. “Os preços já estão altos hoje e podem continuar assim durante o ano”, analisa.
Com o início da colheita o produtor rural tem pela frente mais um desafio: a comercialização dos grãos. Para o presidente da Coamo esse é um dos momentos mais importantes no campo. “Quando a produção é boa já é meio caminho andado; porém é na hora de vender a safra que o agricultor define se a comercialização será lucrativa ou não”, alerta Gallassini. Diante de uma venda antecipada de 30% da safra, os produtores encontram em outras modalidades de comercialização os mecanismos para gerar boas vendas. “Temos, em geral, a cultura de especuladores do mercado. E isso não é bom”, salienta Gallassini. “Não sabemos o quanto queremos pela nossa produção; só sabemos que queremos o máximo, sempre”, completa o dirigente.
Para essa situação de incerteza Gallassini tem uma dica aos produtores rurais. Ele orienta que as vendas devem ser realizadas, sempre, em função dos custos da atividade. “Essa é a parte que conhecemos. Portanto, o ideal é fazer uma planilha e estabelecer o quanto se quer ganhar com a venda da safra. Depois, quando o mercado chegando na nossa meta, o produtor pode fechar os lotes em diversas vezes, aproveitando os preços. Assim, ele sempre terá lucro nas vendas”, conclui o dirigente.
Colheita confirma otimismo no campo
O agricultor Marçal Portelo Soares já está com o maquinário no campo, pois no final de semana começou a colheita da soja em suas terras. Segundo ele, até o momento não tem do que reclamar. “Apenas uns 2% da área foi colhida, mas estamos conseguindo em torno de 140 sacos. Esperávamos um pouco mais, mas está bom”, diz.
Segundo ele, o principal problema hoje é o atraso que atrapalha os planos de plantio da safrinha. “A soja vegetou por muito tempo, demorou em chegar a florada. Estou uns 15 dias atrasado com a colheita, mesmo tendo plantado no período certo”, acrescenta o produtor.
Apesar da perspectiva de boa colheita, Soares revelou que teve alguns problemas com o Coró, uma lagarta de um tipo de besouro. “Veio um pouco tarde e acabou estragando um pouco, acho que de 4 a 5% acabou avariado, mas a gente conseguiu contornar”, comenta. De acordo com os engenheiros agrônomos, a lagarta é resultado do desequilíbrio ecológico e da compactação do solo.
“O que a gente precisava mesmo, é de 15 dias de sol, para terminar bem a colheita”, comenta esperançoso. Porém, os meteorologistas preveem que pelo menos por mais uma semana, a esperança de Soares não deve se concretizar. O Instituto Simepar prevê que até sábado, o clima não deve mudar, a previsão é de chuva todos os dias. “Principalmente nesta quinta-feira (9) e no dia seguinte temos previsões de chuva forte para todo o Estado, nos demais dias, vai continuar chovendo, mas aí serão aquelas mais típicas de verão mesmo, bem pontuais”, relata a meteorologista do instituto, Vanessa Davila.
Também sobre a expectativa de preços, Soares se mostra otimista. “Tivemos anos ruins, mas agora o que ela está valendo compensa, temos uma margem de lucro boa já que estamos conseguindo vender a R$ 48, até R$ 49. Cobre todos os custos”, acrescenta o agricultor.
Fonte: Tribuna do Interior