27
jan
2011
Colheita começa com potencial recorde no Paraná
Máquinas entram em lavouras das regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Oeste do PR. Primeiras marcas superam previsões para ano de La Niña
Cassiano Ribeiro
A temida ‘safra do La Niña’ começou a ser colhida no Paraná nesta semana com potencial para novo recorde de produção, puxado pela soja. Embora a maior parte das lavouras de verão ainda necessite de água, as expectativas atuais superam todas as projeções de quebra lançadas na época do plantio.
Até mesmo em regiões onde havia maior risco de redução na produção, como o Oeste do estado, o cenário é considerado positivo. “Se continuar chovendo regularmente, é possível que alcancemos a produtividade do ano passado, que foi excepcional”, afirma Álvaro Treméa, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) em Cascavel.
Segundo ele, menos de 1% da área foi colhido na região porque há muitas plantações ainda em fase de enchimento de grãos. “Acredito que precisamos de mais uns 20 dias de chuvas”, disse. As previsões meteorológicas indicam que não faltarão precipitações até o final do ciclo atual. Na última safra, a média de produtividade foi de 57 sacas de soja e de 165 sacas de milho por hectare no Oeste paranaense.
Em Ubiratã, divisa do Noroeste com o Oeste do estado, os primeiros talhões de soja superprecoce, plantados em 1.º de outubro do ano passado, renderam 59 sacas por hectare. Quem começou a colheita com o pé direito foram os irmãos Marcos e Maurinho Rosseto. Até esta quarta-feira, eles tinham colhido 20 de um total de 1,9 mil hectares. Os Rosseto aproveitam o clima também para iniciar o plantio do milho de inverno, que deve cobrir toda a área diponível. Os tratores com plantadeiras percorrem o campo logo atrás das colheitadeiras.
As máquinas também começam a entrar nas lavouras de verão do Sudoeste. Na região de São João, o milho vem sendo colhido primeiro. Segundo Paulo Roberto Fachin, gerente técnico da Cooperativa Agroindustrial (Coasul), o cereal pode atingir produtividade recorde. Em 2009/10, o rendimento médio foi de 185 sacas por hectare. O produtor Deyves Zolete conta, porém, que sua colheita começou com 170 sacas/ha. Para a soja, que teve média de 66 sacas por hectare no ciclo passado, ainda não há previsão consolidada.
A produção paranaense de soja tem condições de alcançar recorde mesmo que a produtividade caia 4%, considerando que a área cultivada foi 4,5 % maior, atingindo 4,67 milhões de hectares. Todas as estimativas públicas e privadas indicaram queda na produtividade de pelo menos 3%. Com ajuda do clima, a colheita pode atingir 14 milhões de toneladas, volume próximo do apontado pela Expedição Safra Gazeta do Povo no início da temporada. O milho teve redução de 18,4% na área plantada, conforme o mesmo indicador, o que deve impactar a produção. Se a produtividade se mantiver, a colheita deve atingir 5,52 milhões de toneladas.
Cassiano Ribeiro
A temida ‘safra do La Niña’ começou a ser colhida no Paraná nesta semana com potencial para novo recorde de produção, puxado pela soja. Embora a maior parte das lavouras de verão ainda necessite de água, as expectativas atuais superam todas as projeções de quebra lançadas na época do plantio.
Até mesmo em regiões onde havia maior risco de redução na produção, como o Oeste do estado, o cenário é considerado positivo. “Se continuar chovendo regularmente, é possível que alcancemos a produtividade do ano passado, que foi excepcional”, afirma Álvaro Treméa, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) em Cascavel.
Segundo ele, menos de 1% da área foi colhido na região porque há muitas plantações ainda em fase de enchimento de grãos. “Acredito que precisamos de mais uns 20 dias de chuvas”, disse. As previsões meteorológicas indicam que não faltarão precipitações até o final do ciclo atual. Na última safra, a média de produtividade foi de 57 sacas de soja e de 165 sacas de milho por hectare no Oeste paranaense.
Em Ubiratã, divisa do Noroeste com o Oeste do estado, os primeiros talhões de soja superprecoce, plantados em 1.º de outubro do ano passado, renderam 59 sacas por hectare. Quem começou a colheita com o pé direito foram os irmãos Marcos e Maurinho Rosseto. Até esta quarta-feira, eles tinham colhido 20 de um total de 1,9 mil hectares. Os Rosseto aproveitam o clima também para iniciar o plantio do milho de inverno, que deve cobrir toda a área diponível. Os tratores com plantadeiras percorrem o campo logo atrás das colheitadeiras.
As máquinas também começam a entrar nas lavouras de verão do Sudoeste. Na região de São João, o milho vem sendo colhido primeiro. Segundo Paulo Roberto Fachin, gerente técnico da Cooperativa Agroindustrial (Coasul), o cereal pode atingir produtividade recorde. Em 2009/10, o rendimento médio foi de 185 sacas por hectare. O produtor Deyves Zolete conta, porém, que sua colheita começou com 170 sacas/ha. Para a soja, que teve média de 66 sacas por hectare no ciclo passado, ainda não há previsão consolidada.
A produção paranaense de soja tem condições de alcançar recorde mesmo que a produtividade caia 4%, considerando que a área cultivada foi 4,5 % maior, atingindo 4,67 milhões de hectares. Todas as estimativas públicas e privadas indicaram queda na produtividade de pelo menos 3%. Com ajuda do clima, a colheita pode atingir 14 milhões de toneladas, volume próximo do apontado pela Expedição Safra Gazeta do Povo no início da temporada. O milho teve redução de 18,4% na área plantada, conforme o mesmo indicador, o que deve impactar a produção. Se a produtividade se mantiver, a colheita deve atingir 5,52 milhões de toneladas.
Fonte: Gazeta do Povo