“É fácil ver por que os mercados estão ficando tão animados com as chuvas que atingirão grande parte dos Estados Unidos na próxima semana”, aponta Mike Verdin, editor-chefe do Agrimoney, portal norte-americano especializado em mercados agrícolas.
“Os dados oficiais das condições da safra mostram que as lavouras de milho, trigo de inverno e, especialmente, soja, estão se deteriorando mais rapidamente do que os investidores esperavam na semana passada, graças principalmente ao calor e à seca no cinturão do milho ocidental”, relembra Verdin.
Ele destaca o estado do Iowa, que é o segundo principal estado produtor de milho dos Estados Unidos e ostenta as melhores condições de desenvolvimento da cultura. Segundo Verdin, funcionários do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relataram a ele que, “em todo o estado, os agricultores viram sinais de estresse nas plantações devido à falta de precipitação e alto calor”.
“A classificação da safra de soja dos EUA deteriorou-se para a pior época do ano desde o ano de 2012, que foi devastado pela seca. Portanto, as chuvas e as temperaturas mais amenas, devidas na próxima semana, seriam mais do que oportunas. Chegando à frente do período chave de polinização do milho e da formação de vagens para a soja, eles podem percorrer um longo caminho para resgatar a condição da safra que deverá ser testada novamente esta semana devido ao clima seco e quente”, projeta o editor-chefe do Agrimoney.
Ainda assim, ressalta ele, “muitas questões permanecem”, inclusive saber se todo o clima quente no início do período de crescimento da cultura já reduziu o potencial de rendimento. “E há o problema de saber se a chuva da próxima semana realmente chegará. Quanto mais longa for a previsão do tempo, maior será a margem para imprecisões”, conclui Mike Verdin.
Fonte: Agrolink
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