01
nov
2021
Clima não ajudou mas trigo tem bons resultados

A safra de trigo 2021 está em andamento no país. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foram plantados 2.7 milhões de hectares, alta de 15,6% e a expectativa de colheita é de 8.1 milhões de toneladas, um avanço superior a 30%. 

No país nove estados plantam o cereal. Em alguns a colheita está concluída e em outros os trabalhos estão a pleno vapor no campo. O protagonista desta safra foi o clima que atrapalhou o desempenho das lavouras mas não chegou a prejudicar a produtividade. Confira como vai o trigo pelas diferentes regiões:

Rio Grande do Sul: o excesso chuvas e de umidade no solo impediu o prosseguimento da colheita em algumas regiões triticultoras. Há um atraso nas operações em comparação ao mesmo período do ano passado: 31% da área colhida em 2020 contra 10% da área colhida em 2021. Além disso, houve relatos pontuais de acamamento provocado pelos ventos fortes ocorridos.

Paraná: Apesar das condições climáticas desfavoráveis para a colheita nos últimos dias devido ao excesso de chuvas, os agricultores conseguiram avançar nas operações, alcançando cerca de 74% da área colhida até o segundo decêndio de outubro. Já as lavouras mais tardias, a maior parte esta concentrada na região leste do estado e devem estender a colheita até novembro. O rendimento está muito variado. Devido ao período chuvoso e ventos fortes registrados, houve muito acamamento e perda de qualidade dos grãos em algumas lavouras. Estima-se que 30% da área ainda não colhida está em condições ruins, resultado de estiagem, geada, doenças (mancha foliar) e acamamento das plantas devido a ventos e chuva forte.

Santa Catarina: Cerca de 20% da área destinada à triticultura foi colhida no segundo decêndio de outubro. Ritmo das operações foi reduzido devido ao excesso de chuvas em algumas regiões do estado. Outra preocupação atrelada a alta umidade é a maior incidência de doenças fúngicas, principalmente a giberella.

São Paulo: Colheita alcança as fases finais, mesmo com a diminuição no ritmo das operações em razão da alta incidência de chuvas, que dificultam ou impedem os trabalhos da máquinas. Perspectiva é que o clima se torne mais firme para viabilizar a conclusão da colheita e para evitar perdas de qualidade nos grãos daquelas lavouras mais tardias, pois, de modo geral, a safra apresentará redução na produtividade monitoramento das lavouras 12 média e na qualidade do cereal em virtude das intempéries climáticas, especialmente estiagens e geadas, que afetaram as lavouras ao longo do ciclo.

Goiás: Colheita finalizada. Lavouras manejadas em sequeiro foram bastante afetadas pela escassez hídrica durante o ciclo e apresentaram um rendimento médio bem abaixo do esperado. Já as lavouras irrigadas obtiveram um melhor desenvolvimento e consequentemente melhores produtividades. Algumas áreas registraram perdas decorrentes de geadas, porém, na média, essas áreas demonstraram bons resultados.

Mato Grosso do Sul: Colheita encerrada. Observou-se a forte influência das intempéries climáticas ao longo do ciclo sobre à cultura, principalmente pelo evento de geada que aconteceu no fim de julho e afetou as lavouras que foram semeadas mais cedo, que representavam mais de 50% da área estadual de produção de trigo. Parte relevante dessas lavouras sequer foram colhidas e as demais apresentaram problemas no enchimento das espiguetas, ocasionando a formação de triguilho. As lavouras semeadas mais tardiamente sofreram inicialmente com o forte período de seca, o que também reduziu a capacidade produtiva das lavouras, mas a chuva ocorrida no fim de agosto proporcionou uma produção com qualidade de grãos muito boa.

Fonte: Agrolink

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